Príncipe herdeiro saudita visitará Casa Branca em meio a tensões no Oriente Médio
Washington, 12 mar (Xinhua) -- A Casa Branca informou, na segunda-feira, que o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, chegará em visita dia 20 de março. A visita ocorre em meio a confrontos diplomáticos entre as nações do Golfo e relatos de que a Arábia Saudita está em negociações com os Estados Unidos para comprar seus reatores nucleares.
Em uma declaração, a Casa Branca disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, "aguarda com expectativa a discussão sobre as formas de fortalecer laços entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita e promover prioridades de segurança e economia comuns".
Em 27 de fevereiro, Trump falou com bin Salman por telefone, quando os dois lados se comprometeram a melhorar a parceria sobre segurança e economia.
Agradecendo ao príncipe herdeiro por impulsionar o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, sigla em inglês) para enfrentar a influência de Teerã, Trump concordou com ele sobre a importância de ter um GCC unido para "mitigar as ameaças regionais e garantir a prosperidade econômica da região".
No ano passado, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos (EAU), o Bahrein e o Egito acusaram o Catar de "apoiar o terrorismo" e "enfraquecer a segurança regional" ao buscar laços mais estreitos com o Irã.
O Catar negou fortemente o que chamou de acusações "injustificadas" e "sem fundamento".
O impasse, em vez de mostrar sinais de diminuição, foi exacerbado pelas observações de Trump em junho, de que o Catar estaria financiando o terrorismo "em um nível muito alto".
A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, disse em coletiva de imprensa que "a Arábia Saudita manifestou interesse na possível oferta de equipamentos e materiais nucleares dos EUA".
Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu no domingo sobre uma possível corrida de armamentos no Oriente Médio.
"Muitos países do Oriente Médio estão dizendo que eles também estarão autorizados a enriquecer o urânio se o Irã o fizer; portanto, a maneira de evitar o perigo de nuclearização do Oriente Médio é corrigir completamente o acordo ou revogá-lo ", disse ele, referindo-se a Riyadh.
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