Temperatura no Ártico aumenta, mas não registra alta recorde, dizem cientistas chineses

Beijing, 5 mar (Xinhua) -- A região do Ártico está se aquecendo rapidamente, mas não registrou uma alta recorde de temperatura em fevereiro, de acordo com cientistas chineses.

Uma equipe de pesquisa do Instituto de Física Atmosférica da Academia Chinesa de Ciências (ACC) analisou a temperatura do ar em Ny Alesund, onde se localiza a estação chinesa no Ártico, e alertou sobre o aquecimento rápido na região, mas apontou que a temperatura em fevereiro não foi recorde.

A pesquisa descobriu que Ny Alesund teve o aquecimento mais rápido no Ártico. A temperatura média diária (DMT, em inglês) na região atingiu 3,3 graus centígrados, com uma temperatura máxima de 4,4 graus centígrados em 22 de fevereiro deste ano. No entanto, esta não é a mais alta da história. A DMT no local tem o recorde de 3,5 graus centígrados e uma temperatura máxima de 4,9 graus centígrados em 5 de fevereiro de 2017.

De acordo com o professor Zou Han, líder da equipe de pesquisa, a temperatura em Ny Alesund está aumentando rapidamente, e a DMT mais alta em fevereiro aumentou 11,1 graus centígrados desde 1998, fato que poderia estar relacionado com as mudanças na corrente do Atlântico Norte.

A ACC iniciou uma tarefa de observação em Ny Alesund a partir de junho de 2017 e usa equipamentos de observação como "lidar" e UAV a fim de detectar processos atmosféricos para estudar o aquecimento rápido do Ártico, de acordo com Zou.

A região do Ártico é uma área sensível de mudança climática global e seu aumento de temperatura é muito maior que em latitudes médias e baixas, tornando-se um importante destino para a pesquisa global sobre mudanças climáticas.