China iniciará planos de ação para construir "poderoso país socialista moderno"
Beijing, 27 fev (Xinhua) -- Nas próximas sessões anuais de seus principais órgãos legislativo e de assessoria política, espera-se que a China divulgue alguns planos de ação para construir um "poderoso país socialista moderno".
As primeiras sessões da 13ª Assembleia Popular Nacional e do 13º Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), conhecidas também como as "duas sessões", estão programadas para ser realizadas em março.
As duas sessões, com a participação de mais de 5 mil legisladores e assessores políticos, serão a primeira assembleia nacional depois da declaração em outubro do ano passado, durante o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), de um plano de dois passos para que a China se torne um "poderoso país socialista moderno".
De acordo com o plano, a modernização socialista será obtida basicamente de 2020 a 2035. A partir do ano 2035 e até meados do século, a China se tornará um poderoso país socialista moderno próspero, forte, democrático, civilizado, harmonioso e belo.
Espera-se que os principais avanços teóricos, princípios e políticas adotados no congresso do PCC, em particular o Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas na Nova Época, sejam refletidos nos planos estatais nas duas sessões.
"Como o objetivo do Xiaokang será alcançado no futuro próximo, precisa-se pôr em ação um objetivo adicional para o desenvolvimento da China no longo prazo", disse Jia Hongtao, um legislador nacional.
A China estabeleceu o ano 2020 como prazo para completar a construção de uma sociedade moderadamente abastecida (Xiaokang) de forma integral, quando a pobreza será erradicada, e o produto interno bruto (PIB) e a renda per capita duplicarão os níveis de 2010.
Jia, chefe de um comitê de aldeia do PCC na cidade de Suihua da Província de Heilongjiang, nordeste da China, testemunhou grandes mudanças em sua aldeia nos anos recentes.
Os aldeãos se mudaram de suas casas em mal estado para edifícios de apartamentos, com um jardim de infância e uma escola primária ao redor.
Durante as duas sessões, a China terá uma nova formação de liderança de Estado para os próximos cinco anos, que dirigirá a nação a cumprir a meta de 2020.
É antecipado um crescimento estável, entre os mais rápidos do mundo, pois a China aprofunda sua reforma estrutural no lado da oferta para o crescimento de qualidade.
Além disso, serão tomadas novas medidas para apoiar a inovação, a vitalização rural, o desenvolvimento regional integrado e a abertura, todos aspectos chave no desenvolvimento de uma economia moderna.
Este ano marca o 40º aniversário do empenho de reforma e abertura da China. A população espera que o país se abra mais ao resto do mundo depois que se anunciou "um novo padrão de abertura integral" na conferência central de trabalho econômico realizada em dezembro de 2017.
Além dos planos econômicos, ações políticas chave devem ser tomadas na sessão legislativa, incluindo o estabelecimento da comissão de supervisão nacional.
Essas ações, que são importantes para modernizar o sistema e a capacidade de governança da China, estabelecerão uma sólida base para a realização do objetivo da construção de um poderoso país socialista moderno, segundo analistas.
Su Quanke, um assessor político nacional, declarou que está confiante na realização do objetivo, considerando o notável progresso feito até agora.
Su é engenheiro-chefe da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, a ponte marítima mais longa do mundo. A ponte de 55 quilômetros de extensão levou seis anos de preparação e oito anos de construção.
Ele indicou que os lucros mostraram as vantagens do socialismo, que reúne os recursos nacionais para resolver grandes problemas.
"Obtivemos muito em inovação tecnológica, o que impulsionará mais a economia no futuro", disse.
Ye Hailin, pesquisador em relações internacionais da Academia Chinesa de Ciências Sociais, declarou que a construção de um poderoso país socialista moderno não é só um objetivo, mas um processo que gerará oportunidades para o resto do mundo.
O desenvolvimento econômico da China contribui com mais de 30% ao crescimento econômico global, o que gerará um efeito de transmissão. Através dos mecanismos de cooperação internacional como a Iniciativa do Cinturão e Rota, a China compartilhará seus benefícios econômicos com outros países e regiões.
"Uma China bem-sucedida será um exemplo para um grande número de países em desenvolvimento e ajudará a modernizar as cadeias industriais de seus vizinhos", mencionou Ye.
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