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Nairóbi, 22 fev (Xinhua) -- Cientistas internacionais pediram esforços concentrados para impedir a disseminação das espécies exóticas invasoras, o que, segundo eles, está contribuindo para os conflitos entre comunidades da África.

Os cientistas que participaram de um workshop sobre espécies invasoras em Nairóbi, na quarta-feira à noite, disseram que essas espécies também são responsáveis por enormes perdas econômicas através da perda de produtividade florestal e agrícola e na disseminação de doenças.

Arne Wilt, Coordenador de Espécies Invasoras do CABI, atribuiu conflitos intercomunitários e conflitos entre a humanidade e a África ao aumento de espécies invasoras.

Wilt disse que as invasões pelas espécies em agroecossistemas adjacentes reduzem a produção de pastagens e colheitas, forçando algumas comunidades a invadir outras terras.

"Os conflitos de pastores e agricultores cresceram, se espalharam e se intensificaram na última década, representando uma ameaça à segurança em alguns países", observou Wilt.

Wilt disse que essas espécies também forçaram a vida selvagem a forragear fora nas fazendas, resultando em um aumento do conflito entre seres humanos e vida selvagem.

Tais problemas foram pronunciados na Nigéria e no Quênia nos últimos anos, de acordo com ele.

Hiver Boussini, diretor de saúde animal do Escritório Interafricano de Recursos Animais da União Africana (AU-IBAR), disse que a produção pecuária também é afetada quando as ervas invasoras colonizam as primeiras pastagens, levando os fazendeiros à áreas marginais.

"A competição pelo acesso aos recursos e o medo da planta e a propagação da doença através da área levam a conflitos entre as comunidades", acrescentou.

Boussini disse que o conflito elefante-homem no Quênia Central também é um exemplo de conflito causado por espécies invasoras como a presença de Opuntia stricta que força a vida selvagem a se mudar para as fazendas.

"É hora de os governos africanos atribuírem fundos para a erradicação de espécies invasoras", acrescentou.