China diz que relatório dos EUA sobre importações de aço e alumínio é "infundado"

Beijing, 17 fev (Xinhua) -- O Ministério do Comércio da China criticou neste sábado um relatório do governo norte-americano sobre as importações de produtos de aço e alumínio, afirmando que as afirmações são "infundadas" e não correspondem aos fatos.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos recomendou na sexta-feira que o presidente Donald Trump restrinja as importações de produtos de aço e alumínio ao cobrar impostos altos, citando as preocupações com a segurança nacional.

No âmbito da Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio de 1962, a agência constatou que "as quantidades e as circunstâncias das importações de aço e alumínio ameaçam prejudicar a segurança nacional, como definidas na Seção 232". A agência sugeriu as opções tarifárias de pelo menos 24% em todos os produtos siderúrgicos de todos os países e pelo menos 7,7% em todos os produtos de alumínio de todos os países.

Em uma resposta ao relatório, Wang Hejun, chefe do departamento de defesa comercial e investigação do ministério, disse que, pois a maioria das importações de aço e alumínio norte-americanas é de média e baixa categoria, países como o Canadá e a China provaram aos EUA durante a investigação de que essas importações não prejudicam a segurança nacional.

Os EUA já superprotegeram as industriais nacionais nos dois setores e não devem tomar mais restrições "de forma imprudente" para essas importações, destacou Wang.

Diante da recuperação global ainda instável, Wang pediu que os EUA ajam com moderação no uso de ferramentas de proteção comercial e cumpram as regras multilaterais para fazer contribuições positivas para a ordem econômica e comercial global.

"Se a decisão final dos EUA afetar os interesses da China, tomaremos medidas necessárias para defender nossos direitos", apontou Wang.

O presidente Trump tem que tomar uma decisão sobre as recomendações siderúrgicas até 11 de abril e sobre as recomendações de alumínio até 19 de abril.