Destaque: Trump enfatiza escolas mais seguras e saúde mental por conta do tiroteio da Flórida ter desencadeado debates sobre o controle de armas

2018-02-17 14:58:59丨portuguese.xinhuanet.com

U.S.-WASHINGTON D.C.-TRUMP-FLORIDA SHOOTING-VISIT PLAN

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala sobre o tiroteio em massa que ocorreu em Parkland, Flórida, em um discurso nacional na Casa Branca em Washington DC, nos Estados Unidos, no dia 15 de fevereiro de 2018. Donald Trump disse na quinta-feira que está planejando visitar a cena do tiroteio em Parkland, Flórida. (Xinhua/Ting Shen)

Washington, 15 fev (Xinhua) -- O presidente dos EUA, Donald Trump, enfatizou na quinta-feira em deixar as escolas mais seguras e lidar com a saúde mental na sequência de um tiroteio em massa em um colégio da Flórida que causou 17 mortes, já que provocou debates sobre o controle de armas no país atormentado pela violência armada.

CAMPUS MAIS SEGUROS

"Nenhum estudante, nenhum professor deve estar em perigo em uma escola Americana,” disse Trump durante um discurso nacional da Casa Branca. "Nenhum pai deveria ter que temer por seus filhos e filhas quando eles os beijam e dão adeus pela manhã."

O presidente disse que planeja visitar o cenário do tiroteio em Parkland, Flórida, que agora está "chocado e com dor", para se encontrar com as famílias e funcionários locais e continuar a coordenar a resposta federal.

"Mais tarde, neste mês, vou me reunir com os governadores da nação e os procuradores-gerais, para buscar como tornar as nossas escolas e os nossos filhos mais seguros, isso será a nossa prioridade principal," disse Trump.

"Não basta simplesmente tomar ações que nos façam sentir como se estivéssemos fazendo a diferença," ressaltou. "Devemos realmente fazer essa diferença."

O tiroteio ocorreu por volta das 2:30 da tarde. (07:30 GMT) na quarta-feira, quando estudantes estavam saindo da Escola Secundária Marjory Stoneman Douglas, na cidade de Parkland, no condado de Broward, ao norte de Miami, na ponta sudeste do estado.

Foi o 18º tiro nas escolas do país neste ano, de acordo com o grupo de controle de armas Everytown for Gun Safety. Além dos 17 assassinatos, pelo menos 14 pessoas ficaram gravemente feridas no incidente.

O governador da Flórida, Rick Scott, disse na quinta-feira que ele discutirá com os líderes estaduais maneiras de garantir que os pais saibam que seus filhos estarão seguros na escola.

HORROR E ATOS HERÓICOS

O suspeito armad, capturado pouco depois do tiroteio, foi identificado como Nikolas Cruz, um estudante de 19 anos na escola que foi expulso por razões disciplinares não especificadas.

Cruz estava armado com um rifle semi-automático AR-15 e vários cartuchos de munição, segundo a polícia. Ele disparou tiros fora de um dos prédios da escola e depois seguiu os outros correndo para dentro, onde as pessoas que ouviram os tiros estavam se abrigando.

Tyra Hemans, uma estudante da 12ª série que estava dentro do prédio, disse à Xinhua que não podia acreditar quando ouviu os tiros, mas imediatamente correu para se abrigar.

O suspeito teve como alvo aqueles que estavam amontoados nas salas de aula e tentou sair da cena com um grupo de estudantes que evacuavam, mas não teve sucesso na tentativa.

Hemans disse que conhecia algumas das vítimas, incluindo o assistente do treinador de futebol, Aaron Feis, que se jogou na frente dos alunos para evitar que sejam atingidos. Ela voltou para a escola no meio-dia da quinta-feira, juntamente com outros alunos.

Feis "defendeu os alunos do tiroteio desocupadamente quando foi baleado", disse o programa de futebol da escola no twitter. "Ele morreu como um herói e ele sempre estará em nossos corações e memórias."

O xerife do condado de Borward, Scott Israel, disse que um delegado armado estava no campus da escola, mas esse delegado não encontrou Cruz.

Cruz apareceu no tribunal na quinta-feira à tarde para uma audiência, com 17 acusações de assassinato premeditado.

SAÚDE MENTAL E CONTROLE DE ARMAS

Durante suas declarações na quinta-feira, Trump falou sobre abordar a "questão difícil da saúde mental", mas não mencionou a prevalência de armas ou a violência armada.

Em um tweet anterior, Trump disse que "havia tantos sinais de que o atirador da Flórida estava mentalmente perturbado, que foi até mesmo expulso da escola por um comportamento ruim e errático."

"Vizinhos e colegas sabiam que ele era um grande problema," continuou o presidente. "Se deve sempre denunciar essas instâncias às autoridades, uma e outra vez."

Falando em uma conferência de imprensa realizada em Parkland na quinta-feira, o agente do FBI, Rob Lasky, disse que a agência investigou um comentário do YouTube publicado em 2017 sob o nome de "Nikolas Cruz" que afirmou no site que "vou ser um atirador de escola professional.

Mas o FBI não pôde identificar a pessoa que fez o comentário.

Sobreviventes e moradores locais estavam questionando as leis de controle de armas na Flórida e porque aqueles que sofrem de doenças mentais podem passar nas verificações de antecedentes e pegar suas armas.

O superintendente das escolas do condado de Broward, Rob Runcie, por sua vez, pediu "uma conversa séria sobre as leis de controle de armas sensíveis," no país.

O ex-presidente Barack Obama também entrou no debate. Ele pediu "leis de segurança de armas à longo prazo e de bom senso, é o que a maioria dos americanos querem."

Mas o orador da Câmara, Paul Ryan, sugeriu que ainda não é tempo de batalhas políticas sobre as armas, alertando contra o fato de saltar para alguma conclusão sem conhecer os fatos completos.

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