Destaque: OTAN compromete-se com novos centros de comando para fortalecer aliança
Bruxelas, 14 fev (Xinhua) -- Em um sinal de que a OTAN continua a reforçar sua modernização como aliança de defesa, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, anunciou que os ministros de defesa aliados concordaram nesta quarta-feira sobre as reformas da estrutura de comando da OTAN.
O movimento busca ajudar a OTAN a se adaptar à mudança no ambiente de segurança da Europa.
ESTRUTURA DE COMANDO RENOVADA
Citando uma diminuição da equipe e da infraestrutura na Aliança desde o fim da guerra fria, com 22.000 funcionários e 33 centros de comando caindo para os 7.000 funcionários e sete centros de comando, Stoltenberg disse que as decisões dos ministros de "projetar uma estrutura de comando da OTAN adaptada colocará maior foco na segurança marítima, logística e mobilidade militar e na defesa cibernética".
Durante o encontro deles, os ministros da defesa decidiram estabelecer um novo comando de força conjunta para ajudar a proteger as linhas marítimas transatlânticas e um novo comando de apoio para logística e mobilidade militar na Europa.
A localização dos novos comandos será discutida na próxima reunião de junho.
Os Ministros concordaram que a OTAN criará comandos de componentes terrestres na Europa para melhorar a resposta rápida das forças e um novo centro de operações cibernéticas.
Além disso, um ano depois de fortes críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a falta de gastos adequados de defesa dos aliados, Stoltenberg anunciou melhorias promissoras na repartição de encargos em toda a aliança de defesa.
Ele ressaltou que, enquanto apenas três aliados alcançaram um objetivo acordado de gastar pelo menos 2% do PIB com defesa em 2014, era esperado que oito aliados da OTAN atingissem esse objetivo este ano e mais de 15 até 2024.
FOCO NA UE-OTAN
A sessão de trabalho de quarta-feira incluiu um diálogo com a chefe de assuntos estrangeiros da UE, Federica Mogherini, bem como com ministros de defesa da Suécia e da Finlândia. O foco do diálogo será a cooperação OTAN-UE, e certamente incluirá preocupações sobre o aumento da cooperação europeia em defesa entrando em conflito com a aliança mais antiga.
Em uma conferência de imprensa de terça-feira, antes da reunião dos Ministros da Defesa da OTAN, Stoltenberg alertou contra a concorrência em matéria de defesa com novas iniciativas da UE para mais cooperação em questões militares.
"Mais gastos e capacidades da defesa europeia podem fortalecer a OTAN e contribuir para uma partilha de encargos mais equitativa, mas apenas se os esforços da UE forem desenvolvidos como complementos e não como alternativa à OTAN", afirmou Stoltenberg.
Para a União Europeia, a defesa europeia comum tem sido um tema crítico da mudança da dependência dos Estados Unidos, com a assinatura de novembro de 2017 e o lançamento do Acordo de Cooperação Estruturada Permanente (PESCO) de dezembro de 2017.
O pacto do PESCO permitirá que 25 Estados membros da UE participantes busquem uma maior cooperação em matéria de defesa e segurança.
"Será absolutamente sem qualquer significado se a UE e a OTAN começarem a competir porque compartilhamos os mesmos membros", disse o chefe da OTAN, acrescentando: "90% das pessoas que vivem na UE vivem em um país da OTAN - mais de 90% ".
"A proteção da Europa é dependente da OTAN, especialmente após o Brexit. 80% das despesas de defesa da OTAN virão de aliados que não fazem parte da UE", disse o chefe da OTAN e ex-primeiro-ministro da Noruega, que é membro da aliança, mas não faz parte da UE.
A PESCO e outras iniciativas de União de Defesa da Europa foram apresentados como complementos da OTAN - principalmente uma aliança de defesa -, mas observadores disseram que representam uma mudança geral na orientação política, com aliados europeus menos confiantes do apoio e cooperação dos Estados Unidos.
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