Iniciativa do Cinturão e Rota ajuda a reduzir desigualdade no desenvolvimento na Europa, diz ex-presidente esloveno

2018-02-13 13:25:29丨portuguese.xinhuanet.com

por Jin Jing, Gu Zhenqiu

Londres, 12 fev (Xinhua) -- A iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China pode desempenhar um papel positivo para ajudar a reduzir a desigualdade na Europa, onde o desenvolvimento permanece desequilibrado apesar de anos de integração econômica e esforços de coesão, disse o ex -presidente esloveno Danilo Turk.

O leste europeu é historicamente menos desenvolvido e parte do problema foi resolvido através do movimento de manufatura, bem como como políticas de coesão com investimento em infraestrutura e serviços nessas regiões, disse Turk.

"Se formos inteligentes, se formos sábios, podemos usar a (Iniciativa) do Cinturão e Rota como um terceiro elemento na questão", disse Turk à Xinhua, em entrevista recente, depois de participar de um fórum chamado Diálogo do Cinturão e Rota, co-organizado pela Cambridge Oriental Culture Association e a Intellectual Forum of Jesus College Cambridge.

Turk, que foi orador de honra no fórum realizado em Cambridge, disse que a Iniciativa do Cinturão e Rota traz investimentos adicionais em infraestrutura e serviços, o que ajuda a injetar novo poder econômico nas regiões menos desenvolvidas da Europa.

"Agora, a questão não é se isso é possível ou não. É possível. A questão é como. Somos sábios e inteligentes o suficiente para isso? Este é o nosso teste", disse Turk, que foi presidente da Eslovênia de 2007 a 2012.

A Europa viu um entendimento crescente sobre a natureza potencial e pacífica da Iniciativa do Cinturão e Rota, disse ele.

A iniciativa, proposta pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013, tem como objetivo criar maiores relações comerciais, infraestrutura e relações entre povos da Ásia, Europa, África e além, revivendo e expandindo as antigas Rotas da Seda. A versão moderna compreende um Cinturão Econômico da Rota da Seda Terrestre e uma Rota da Seda Marítima do século XXI.

Por exemplo, o aeroporto de Maribor, a segunda maior cidade da Eslovênia, se investido e desenvolvido no âmbito da iniciativa, poderia se tornar um centro de logística na Europa, por sua proximidade com os sistemas rodoviários e ferroviários nacionais e internacionais, disse Turk.

"Esse é um projeto muito interessante que está sendo discutido por empresas e autoridades relevantes da Eslovênia. Espero que funcione", disse Turk.

Um exemplo importante dos projetos da Inicitativa do Cinturão e Rota é o porto do Piraeus na Grécia, que se tornou um ponto vital no sistema europeu de infraestrutura, disse ele, acrescentando que o potencial não para por aí.

O crescimento adicional do porto de Piraeus exigiria um maior investimento em conectividade, através da modernização dos sistemas ferroviários, através da Macedônia, Sérvia, Hungria e a tão esperada linha ferroviária de alta velocidade de Belgrado para Budapeste, disse ele.

"Obviamente, é preciso ver isso no contexto de longo prazo, porque é uma espécie de melhoria que terá um forte impacto no desenvolvimento nos próximos anos".

Turk, que foi secretário-geral adjunto da ONU para assuntos políticos de 2000 a 2005, admitiu que ainda há reservas políticas sobre a iniciativa em partes da Europa, o que ele disse serem compreensíveis devido a ideia estar ainda em estágio inicial.

O ex-presidente acreditava que as opiniões das pessoas mudariam quando vissem resultados reais da iniciativa "impulsionada pela demanda".

A mudança prática, a melhoria e a transformação testemunharão se a iniciativa é útil para a Europa, disse ele.

O ex-presidente também é favorável à ideia de se encaixar no plano de interconexão da União Europeia (UE) com a Iniciativa do Cinturão e Rota.

O embaixador da UE na China, Hans Dietmar Schweisgut, disse, recentemente, que a UE está desenhando seu próprio projeto de interconexão para o continente euro-asiático e gostaria de conectá-lo com a Iniciativa do Cinturão e Rota.

"Vejo isso como um sinal promissor", disse Turk, observando que não seria uma tarefa fácil enquadrar as estratégias de desenvolvimento, já que a China e a Europa possuem suas próprias prioridades.

"O importante é entender que agora chegou a hora de fazê-lo, porque todos se beneficiarão", disse ele.

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