Estados mediterrânicos procuram abordar questões regionais de interesse comum

2018-01-23 15:37:15丨portuguese.xinhuanet.com

O ministro das Relações Exteriores da Argélia, Abdelkader Messahel e seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, participam de uma conferência de imprensa após a 14ª Conferência dos Ministros dos Negócios Estrangeiros do Diálogo 5 + 5, em Argel, Argélia, em 21 de janeiro de 2018. Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do Mediterrâneo Ocidental defenderam no domingo, em Argel, um diálogo e uma consulta reforçadas sobre questões regionais de interesse comum, especialmente a migração ilegal. (Xinhua)

Alger, 21 jan (Xinhua) -- Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do Mediterrâneo Ocidental pediram no domingo, em Argel, um diálogo e uma consulta reforçadas sobre questões regionais de interesse comum, especialmente a migração ilegal.

A 14ª Conferência dos Ministros dos Negócios Estrangeiros do Diálogo 5 + 5 terminou domingo em Argel com a adoção da Declaração de Argel.

De acordo com a Declaração, o diálogo político dentro desta sub-região "constitui a maneira apropriada de encontrar soluções adequadas e efetivas para crises e focos de tensão que estão abalando a região".

Os ministros concordaram em cooperar com a UE para aumentar a eficiência da política de vizinhança e garantir a sua sustentabilidade, além de "contribuir para a integração intra-magreb".

Os ministros dos Negócios Estrangeiros também pediram reforço do papel da União para o Mediterrâneo (UpM), para melhorar a governança e reforçar o diálogo político com outras entidades euro-mediterrânicas.

No início do domingo, o ministro das Relações Exteriores da Argélia, Abdelkader Messahel, disse que os países do Mediterrâneo Ocidental deveriam enviar mais esforços para abordar os problemas prevalecentes na região, como a migração ilegal, sugerindo a adoção de uma abordagem que combine segurança e desenvolvimento.

"Nossa região está enfrentando migração ilegal, uma questão fundamentalmente humana, que deve ser lidada com uma abordagem abrangente que integre a dimensão de segurança com desenvolvimento", disse Messahel.

O ministro elaborou ainda que, essa abordagem, deveria incluir a erradicação de redes de tráfico humano e a eliminação das causas socioeconômicas dos crimes, ao mesmo tempo que promova o respeito pelos direitos humanos.

Ele observou que a causa mais importante da migração ilegal são os conflitos armados que atravessam o continente.

O terrorismo também foi um dos principais desafios enfrentados pela região do Mediterrâneo, acrescentou Messahel, especificando que "o terrorismo se baseia mais na criminalidade organizada transnacional ligada ao tráfico de seres humanos, ao tráfico de drogas e à coleta de resgate".

Messahel argumentou que a ameaça da migração provavelmente aumentará devido ao retorno dos terroristas africanos, afiliados ao grupo do Estado islâmico (IS), após sua derrota no Iraque e na Síria.

A respeito disso, o ministro argelino exortou o Diálogo 5 + 5 a intensificar os seus esforços conjuntos para desenvolver abordagens eficientes para erradicar a pobreza, a marginalização e a radicalização, bem como desenvolver economias sustentáveis, particularmente nos países do sul do Mediterrâneo.

O Diálogo 5 + 5, co-presidido por Messahel e seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, é o bloco mais histórico da região do Mediterrâneo.

O diálogo foi estabelecido em 1990, na sequência de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros em Roma, Itália, com o objetivo de estabelecer um processo regional de cooperação.

As 5 + 5 nações incluem Argélia, Marrocos, Tunísia, Líbia, Mauritânia, Itália, França, Espanha, Portugal e Malta.

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