Olhando para leste, os países africanos buscam o segredo do desenvolvimento

2018-01-19 10:17:24丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 19 jan (Xinhua) -- Munetsi Madakufamba é membro de uma delegação que consiste de 16 acadêmicos de 11 países africanos.

O diretor executivo do Centro de Pesquisa e Documentação da África Austral no Zimbábue está em sua terceira visita a Beijing e a sétima à China.

Depois de uma viagem de meia hora de trem-bala, de Beijing até Tianjin, ele ficou impressionado pela perspectiva de melhor conectividade que os trens de alta velocidade podem trazer para a África.

Durante a visita de dois dias a Tianjin, Madakufamba, 46 anos, visitou empresas de alta tecnologia, um terminal de contêineres, um terminal de navios de cruzeiro e a ecocidade sino-cingapuriana.

Ele acredita que a ecocidade pode inspirar as pessoas quanto à construção de novas cidades.

"O conceito da ecocidade é muito importante para lidar com a mudança climática e dever ser adotado no Zimbábue", disse.

A viagem no país asiático também impactou o etíope Yonas Adaye, do Instituto para Estudos da Paz e Segurança, ligado à Universidade de Adis Abeba.

"Às quatro da manhã, eu ouvi o barulho de veículos. Eu fiquei surpreendido de que a rua estava cheia de pessoas indo trabalhar às cinco. O segredo do desenvolvimento da China é o trabalho árduo. Eu fiquei absolutamente impressionado", disse Adaye.

Adaye disse à Xinhua que as ideias chinesas sobre redução da pobreza o impressionaram. A liderança chinesa considera todas as pessoas, o que deve ser uma diretriz absoluta para os líderes africanos.

Em um seminário sobre as oportunidades da Cooperação China-África em uma nova época, realizado quinta-feira, Garth LePere da Universidade de Pretória, na África do Sul, falou de sua esperança para a Reunião da Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África (FCCA) este ano.

O seminário, patrocinado pela Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS), se concentrou no Socialismo com Características Chinesas na Nova Época, oportunidades do desenvolvimento mundial, um futuro compartilhado para a China e a África, e a Iniciativa do Cinturão e Rota.

O FCCA traz grandes oportunidades e beneficiou muitos países africanos, disse LePere.

Madakufamba pediu mais cooperação econômica com a China para encontrar um caminho sustentável para ajudar a África a se industrializar.

"A China viu o mundo de quatro cantos --leste, oeste, norte e sul--, e o Zimbábue deve aprender com o conceito", assinalou Madakufamba.

Sobre a Iniciativa do Cinturão e Rota, Leon-Marie Ndjodo, pesquisador em visita na Universidade Pedagógica de Zhejiang, disse que a iniciativa tem aspectos científicos e educacionais.

Em dez ou quinze anos, a África terá recursos humanos suficientes para a industrialização, afirmou Ndjodo.

O fato de a China permanecer comprometida com a redução da pobreza por uma abordagem centrada no povo pode inspirar os países em desenvolvimento, disse Cai Fang, vice-presidente da ACCS.

Nos últimos cinco anos, a China tirou 66 milhões de moradores rurais fora da pobreza e garantirá que as 30 milhões de pessoas restantes saiam dessa situação até 2020, segundo Cai.

"A China jamais exportará seus valores e não vai exigir nenhuma condição para sua assistência. O governo e povo chineses estão dispostos a ajudar pacientemente a África a se desenvolver", disse Cai.

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