China lança sistema nacional de comércio de emissão de carbono

Beijing, 20 dez (Xinhua) -- A China divulgou na terça-feira um sistema nacional de comércio da emissão de carbono em um passo em direção ao estabelecimento de um mercado nacional de carbono que será o maior do mundo.

O sistema de comércio entrará em operação primeiramente na indústria da geração elétrica, segundo a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), o órgão mais alto de planejamento econômico do país.

Sob o esquema, as empresas terão cotas de emissão, e aqueles que produzem mais que sua cota de emissões podem comprar cotas não usadas no mercado daquelas que causam menos poluição.

Desde 2013, a China testou o comércio de carbono em sete cidades piloto, incluindo Beijing. Atualmente a prática será se expandido nacionalmente.

A indústria da geração elétrica foi escolhida como o primeiro setor para implementar o sistema de comércio, já que é o melhor preparado e tem dados mais completos em emissões entre todas as indústrias, assinalou Zhang Yong, vice-chefe da CNDR, em uma entrevista coletiva.

Com mais de 1,7 mil empresas de geração de eletricidade incluídas no sistema, cujas emissões excedendo 3 bilhões de toneladas no total, o mercado nacional de carbono, mesmo em sua primeira fase, será o maior que qualquer outro mercado no mundo, incluindo o mercado da União Europeia, disse Zhang à imprensa.

"Consideraremos incluir outras indústrias intensivas em energia e emissão", disse Li Gao, um funcionário da CNDR, acrescentando que a cota para o comércio de carbono pode ser reduzida ainda mais.

Atualmente apenas as companhias com emissões equivalente a 26 mil toneladas ou mais do dióxido de carbono podem ser envolvidas no sistema de comércio, segundo Li.

Ele disse que o comércio de carbono nas sete cidades piloto viram o valor de transação atingir 4,6 bilhões de yuans (US$ 696,8 milhões) até novembro, com cotas de emissão negociadas ultrapassando 200 milhões de toneladas.