Trump reconhece Jerusalém como capital israelense e ordena transferência da embaixada dos EUA para a cidade

2017-12-07 16:10:56丨portuguese.xinhuanet.com

Washington, 6 dez (Xinhua) -- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou quarta-feira seu reconhecimento oficial de Jerusalém como a capital de Israel e instruiu o Departamento de Estado a iniciar o processo de mudança da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém.

"Estou certo de que é hora de reconhecer oficialmente Jerusalém como a capital de Israel," disse Trump, acrescentando que ele julgou "esta ação a que melhor atende aos interesses dos Estados Unidos da América e a busca da paz entre Israel e os palestinos."

"Este é um passo há muito esperado para avançar o processo de paz e trabalhar para um acordo duradouro," disse Trump, argumentando que seu anúncio é apenas um "reconhecimento da realidade" e não "pretende ser de forma alguma um distanciamento do compromisso dos EUA com um acordo de paz duradouro "aceitável para ambos os lados" entre Israel e Palestina.

"Não estamos assumindo uma posição definitiva, incluindo os limites específicos da soberania israelense em Jerusalém ou a resolução de fronteiras contestadas," afirmou. "Essas perguntas devem ser feitas para as partes envolvidas."

Mais cedo, as autoridades palestinas reiteraram sua posição de que não haverá um estado soberano da Palestina sem Jerusalém Oriental como capital.

Falando sobre a deslocalização da embaixada dos EUA, Trump disse que o Departamento de Estado começará imediatamente a contratar arquitetos, engenheiros e planejadores, de modo a tornar a nova embaixada "um magnífico tributo à paz" quando for concluída.

Durante sua campanha presidencial, Trump prometeu mover a embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém.

Dan Mahaffee, vice-presidente e diretor de política do Centro de Estudos do Congresso e da Presidência, disse à Xinhua que a decisão de Trump reflete a vontade de "agitar o processo de paz" e pressionar para fazer um acordo," apesar da ofensa às Nações árabes e o risco de mais violência na região".

Ilan Goldenberg, do Centro para a Nova Segurança Americana, disse: "Se você está prestes a lançar um grande plano de paz, a última coisa que você faz é levar essa questão altamente sensível de Jerusalém e simplesmente colocá-la no liquidificador".

Embora o Congresso dos EUA tenha aprovado o Ato da Embaixada de Jerusalém de 1995, que exigiu a transferência da embaixada dos EUA em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém, ex-presidentes dos EUA, incluindo George W. Bush, Bill Clinton e Barack Obama, decidiram consistentemente pela renúncia presidencial para atrasar a deslocalização fora da consideração dos interesses de segurança nacional.

O status de Jerusalém continua sendo uma das principais questões do conflito israel-palestina. Até agora, a comunidade internacional não aceita Jerusalém como a capital de Israel e nenhum país estrangeiro baseia suas embaixadas na cidade.

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