Equador pede a Assange que não faça afirmações inflamadas

2017-11-24 10:30:58丨portuguese.xinhuanet.com

Quito, 22 nov (Xinhua) -- O Equador exigiu nesta quarta-feira que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que tem estado sob asilo em sua embaixada em Londres desde 2012, não faça declarações que possam afetar as relações externas do país.

O Ministério das Relações Exteriores fez esta declaração depois de Assange expressar sua opinião sobre o movimento de independência recente na região da Catalunha, no sul da Espanha.

Em uma videoconferência em setembro, Assange disse que o desejo de independência da Catalunha estava se estendendo ao redor do mundo.

O Ministério das Relações Exteriores do Equador disse que as palavras de Assange "não representam a posição do Estado equatoriano".

"As autoridades equatorianas reiteraram ao Sr. Assange sua obrigação de não fazer declarações ou atividades que possam afetar as relações internacionais do Equador [...] que devem ser preservadas, como aconteceu com a Espanha," leia o comunicado.

A declaração também destaca os "laços históricos e culturais" que unem a Espanha e Equador, assim como "o respeito mútuo, a amizade entre os povos e a cooperação bilateral."

O Ministério das Relações Exteriores observou que Assange tinha formalmente o compromisso de se comportar de uma forma que era compatível com os objetivos do Equador.

O órgão reiterou o compromisso do Equador de não intervir nos assuntos internos de outros países.

No entanto, acrescentou que o Equador mantinha a sua decisão de manter a oferta de asilo a Assange, feita em 2012, e sua decisão de protegê-lo com base no direito internacional.

Os Estados Unidos acusam Assange de espionagem depois que o WikiLeaks publicou milhares de documentos confidenciais americanos em 2010.

Ele também estava sendo procurado pela Suécia devido a alegações de assédio sexual, mas o procurador-geral da Suécia abandonou o caso em 19 de maio.

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