China pede apoio ao acordo nuclear do Irã

2017-09-22 12:09:32丨portuguese.xinhuanet.com

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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi (3º d, frente), participa de uma reunião entre os ministros das relações exteriores de seis potências mundiais, Reino Unido, China, França, Alemanha, Rússia e Estados Unidos, e o Irã na sede da ONU em Nova York, em 20 de setembro de 2017. Na quarta-feira, Wang Yi pediu apoio ao acordo nuclear do Irã, alcançado em julho de 2015. (Xinhua)

Nações Unidas, 22 set (Xinhua) -- O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu na quarta-feira apoio ao acordo nuclear do Irã alcançado em julho de 2015.

O Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês) alcançado entre o Irã e seis potências mundiais -- Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia -- é importante para a governança da segurança internacional porque ajudou a evitar uma crise nuclear no Irã e impulsionou o regime internacional de não proliferação com base no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinalou Wang.

O acordo também é um importante resultado da governança global sobre a segurança e uma prática benéfica para resolver um assunto problemático através dos meios políticos e diplomáticos, declarou Wang durante a reunião dos ministros das Relações Exteriores dos seis países e o Irã realizada na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.

Depois da conclusão do acordo, seu cumprimento fez progressos e também enfrentou severos desafios, comentou Wang. O chanceler expressou o desejo de que a reunião da quarta-feira envie uma mensagem positiva de apoio ao JCPOA, para promover sua realização.

O chanceler chinês assinalou que todas as partes envolvidas devem ver o lado positivo do JCPOA, porque nenhum acordo é perfeito. Se o acordo for descartado, o regime internacional de não proliferação vai ser severamente afetado e a situação na região do Oriente Médio pode piorar, disse na reunião.

O recente desenvolvimento da situação na Península da Coreia demonstra a importância do JCPOA, enfatizou Wang.

Ele também expressou o desejo de que todas as partes façam julgamentos políticos corretos e gerem condições favoráveis para o cumprimento do acordo.

Além disso, o chanceler pediu que as partes relacionadas cumpram suas obrigações para garantir o cumprimento efetivo do acordo e resolva suas diferenças através do diálogo.

A China apoia o JCPOA e deseja trabalhar para mantê-lo, indicou Wang, dizendo que o país está disposto a continuar sua participação no processo de cumprimento.

Segundo o JCPOA, todas as sanções relacionadas com o assunto nuclear e impostas contra o Irã serão removidas se o país cumprir o acordo nos próximos anos.

O JCPOA enfrenta o risco de colapso em meio as divergências entre Washington e Teerã.

Em um discurso feito na terça-feira na Assembleia Geral da ONU, o presidente norte-americano Donald Trump descreveu o JCPOA como "um embaraço".

O presidente iraniano Hassan Rouhani assinalou nesta quarta-feira que seu país não será o primeiro a violar o acordo, mas responderá "decididamente e resolutamente" às violações de qualquer parte.

"Será uma grande pena se o acordo for destruído por alguns recém-chegados ao polco político do mundo", disse Rouhani na Assembleia Geral da ONU, em resposta óbvia às palavras de Trump no dia anterior.

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