(Cúpula do BRICS) Jornalistas latino-americanos acreditam que mecanismo de BRICS Plus tem boas expectativas
Xiamen, 6 set (Xinhua) -- Os jornalistas latino-americanos participantes na 9ª Cúpula dos BRICS, realizada na cidade de Xiamen, sudeste da China, de 3 a 5 de setembro, acreditam que o mecanismo de BRICS Plus, proposto para promover a cooperação entre o bloco e as economias emergentes e países em desenvolvimento, tem boas expectativas.
Eles manifestaram que a colaboração poderá gerar boas oportunidades para o desenvolvimento econômico.
Julho Panduro, um jornalista do Peru que trabalha para o jornal El Peruano e para a agência Andina, está participando de um projeto de intercâmbios entre os meios de comunicação da China e a América Latina e o Caribe. "Estamos atentos para ver quais são os acordos alcançados no fórum e como se ampliam o acordo a outros países", disse.
Ele assinalou que o Peru espera estabelecer convênios comerciais com o maior número de países e blocos possível. "Ao Peru interessa integrar-se em diferentes plataformas desta natureza no mundo, mas ainda seu desenvolvimento econômico é pequeno em comparação com os grandes países emergentes", acrescentou.
Por isso, o país mantém atitude aberta para a globalização e o livre comércio para que sua economia obtenha um desenvolvimento mais estável e contínuo.
China e Peru assinaram um tratado de livre comércio em 2009, e elevaram a relação bilateral à parceria estratégica abrangente em 2013. A China se tornou no maior parceiro comercial de Peru e o maior destino das exportações peruanas.
Peru manteve as boas relações bilaterais ou multilaterais com a China. Com o BRICS Plus, o Peru poderia obter uma cooperação internacional mais ampla, segundo Panduro. "O mecanismo surgiu como uma forma de fazer um contrapeso à ordem mundial", assinalou o jornalista que indicou que a China formulou muitas iniciativas para o desenvolvimento no futuro, o que representa uma boa oportunidade para outros países.
Coincidindo com a cúpula se realizou também o Diálogo de Mercados Emergentes e Países em Desenvolvimento, ao que assistiram os líderes do México, Egito, Guiné, Tajiquistão e Tailândia.
Daniel Branco, jornalista de El Financiero Bloomberg no México, disse que participar do diálogo representa uma oportunidade de aumentar o entendimento mútuo. "O México precisa fortalecer as relações com os países do BRICS e economias emergentes", disse.
Branco afirmou que o México teria que explorar novos mercados e que a China é uma grande opção. Assinar mais convênios com o país asiático é importante para os negócios e a diversidade dos investimentos do México.
Este ano marca o 45º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o México e também é o 4º ano desde que os dois países elevaram sua relação ao nível de parceria estratégica abrangente. A China é o segundo maior parceiro comercial do México.
Em particular, Branco elogiou a inovação e o desenvolvimento do comércio eletrônico na China. "O comércio eletrônico é uma parte importante na cooperação econômica entre os dois países e é um dos meios pelos quais os países do BRICS podem gerar mais resultados", manifestou.
Para ele, é muito importante que o México aprenda com as experiências da China neste âmbito.
Além disso, Branco valorizou a atitude aberta do mecanismo BRICS Plus. "É igual à Iniciativa do Cinturão e Rota, a porta sempre fica aberta. Esta Rota da Seda comercial terá um significado muito importante no comércio a nível mundial e será maior quando forem alcançados mais tratados e adicionados mais países", indicou.
O desenvolvimento das relações comerciais entre a China e a América Latina viveu uma década dourada. A reestruturação econômica do país asiático oferece um mercado potencial no qual os países latino-americanos podem otimizar o comércio. No futuro, um maior número de produtos de qualidade da América Latina chegarão às famílias da China.
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