Apex-Brasil realiza seminário de investimentos em Beijing para atrair investidores chineses

2017-09-03 19:29:33丨portuguese.xinhuanet.com

Por Liu Long, correspondente da Xinhua

Beijing, 3 set (Xinhua) -- Foi inaugurado no sábado em Beijing o seminário "Invista no Brasil", realizado em conjunto pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Banco de Desenvolvimento da China (BDC), para apresentar aos investidores chineses as oportunidades do mercado brasileiro.

O seminário reuniu mais de 200 participantes do setor econômico e comercial, incluindo várias grandes empresas estatais chinesas e ministros do Brasil.

"As relações entre o Brasil e a China passam por um momento de grande vitalidade. Nos primeiros sete meses deste ano, no campo comercial, enquanto as exportações brasileiras para o mundo aumentaram 18%, as exportações do Brasil para a China aumentaram 33%", disse o embaixador do Brasil na China Marcos Caramuru na cerimônia de inauguração.

Os números não mentem. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009 e o Brasil é o maior parceiro da China na América Latina. Somente em 2016, o Conselho Empresarial Brasil-China registrou 12 projetos de investimentos chineses no Brasil, totalizando US$ 8,4 bilhões, ultrapassando o valor de US$ 7,4 bilhões de investimento em 2015.

"O propósito do seminário é chamar a atenção dos chineses para as oportunidades de investimentos no Brasil. A China já é um ator muito relevante no Brasil, mas existem muitas oportunidades e é bom trazer as pessoas que cuidam diretamente dos negócios para tirar dúvidas dos investidores chineses", disse o presidente da Apex-Brasil Roberto Jaguaribe em entrevista à Xinhua, acrescentando que "o Brasil oferece inúmeras oportunidades de investimentos. "A China já está presente no Brasil em muitos segmentos, como no setor elétrico, no setor de petróleo, nos investimentos industriais e nas áreas de produção agrícola," disse.

Jaguaribe, que foi o embaixador do Brasil na China entre o final de 2015 e 2016, já conhece a China há mais de dez anos. Para ele, dessa relação econômica e comercial sólida bilateral, existe um entendimento mais amplo de natureza estratégica e geopolítica que é muito sólido.

"A China é um país que tem uma visão estratégica e identifica a necessidade de longo prazo que o fornecimento confiável de alguns segmentos da sua economia não é auto-suficiente, incluindo minerais, energia e alimentos. E o Brasil é o país mais bem situado do mundo para prover essa demanda chinesa. Não apenas em função da sua capacidade produtiva, mas em função da sua confiabilidade como parceiro. Um país grande que não tem nenhum interesse que se posicione contrariamente à China, ao contrário, acredito que a China é um país que contribui para a estabilidade do mundo e a gente tem que trabalhar juntos para isso." afirmou Jaguaribe.

"Apesar da distância geográfica, o Brasil e a China estão mais próximos do que nunca. São cada vez mais fortes os nossos laços e mais intensos os nossos fluxos de comércio e investimento. Na reunião com o presidente Xi e o primeiro-ministro Li reafirmamos nossa parceria estratégica global. O nosso diálogo abrange temas dos mais diversos, desde o combate à mudança do clima até a defesa multilateral do comércio e a articulação em fóruns no G20 e o BRICS", disse o presidente Michel Temer no seminário. O presidente brasileiro esteve em Beijing em uma visita de Estado ao país asiático.

"Nos beneficiamos do fundo Brasil-China de cooperação para a expansão de capacidade produtiva. Os empresários chineses sabem que encontram no Brasil oportunidades seguras e parceiros confiáveis. É um país rico em oportunidades, um grande mercado consumidor, um parque industrial dinâmico de alta tecnologia e sustentabilidade. As empresas que já estão no Brasil sabem que lá todas elas têm condição de prosperar", disse Temer.

Antes de ir à Cúpula do BRICS em Xiamen, no sul da China entre 3 e 5 de setembro, Temer testemunhou no fim do seminário as cerimônias de assinatura de vários acordos cooperativos entre a China e o Brasil nos âmbitos comerciais culturais e esportivos. Entre eles o Termo de Ratificação dos Acordos para Implantação do Parque Siderúrgico entre o Governo do Estado do Maranhão e CBSTEEL, o Memorando de Entendimento entre o Banco do Brasil e o Banco Comercial Industrial da China (ICBC), entre outros.

"O objetivo da visita do presidente é não só consolidar a parceria em comércio, investimentos e área econômica, mas sim estendê-lá às pessoas. Estamos montando uma parceria de longuíssimo prazo", disse Caramuru.

"Pelos encontros que tive aqui na China, sei que a China continuará ao lado do Brasil, sei que os empresários são e seguem sendo grandes parceiros nessa empreitada (retomada do crescimento)", afirmou Temer.

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