China tira 13,9 milhões de pessoas da pobreza por ano

Beijing, 30 ago (Xinhua) -- A China tirou uma média de 13,9 milhões de pessoas da pobreza por ano de 2012 a 2016, e a renda per capita anual nas áreas rurais empobrecidas cresceu 10,7% por ano, segundo um relatório do Conselho de Estado na terça-feira.

O relatório sobre o trabalho de alívio da pobreza foi entregue por Liu Yongfu em nome do Conselho de Estado na sessão bimestral atual do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN).

O máximo legislador da China Zhang Dejiang participou da sessão.

"O Conselho de Estado sempre faz muito esforço para o alívio da pobreza. Os relatórios do trabalho do governo nos últimos quatro anos todos prometeram tirar pelo menos 10 milhões da pobreza", disse Liu, diretor do Escritório de Grupo Dirigente de Alívio da Pobreza e Desenvolvimento, do Conselho de Estado.

De 1978 a 2016, cerca de 730 milhões de chineses saíram dessa condição.

A China escolheu 2020 como o ano-limite para completar a construção de uma sociedade moderadamente próspera, que exige a erradicação de pobreza.

Até o fim de 2016, havia 43,35 milhões de pessoas na China vivendo abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de 2.300 yuans (US$ 348,9) de renda anual com base no padrão de preços de 2010, respondendo por cerca de 3% da população nacional.

Para alcançar o objetivo, a China precisa tirar mais de 10 milhões das pessoas de pobreza por ano, significando quase um milhão de pessoas por mês ou 20 pessoas por minuto.

Segundo a experiência mundial, a fase mais difícil na erradicação de pobreza é quando as pessoas nessa condição respondem por menos de 10% da população.

"A tarefa se tornou mais difícil e custosa, uma vez que o processo se aproxima do fim", disse Liu.

O relatório apontou que 775 mil funcionários foram enviados às áreas pobres para a erradicação.

As despesas do governo central na causa aumentaram de 39,4 bilhões de yuans em 2013 a 86,1 bilhões de yuans em 2017, notou o relatório.

A China também estabeleceu um banco de dados nacional que coleta informações de pessoas pobres desde 2014, disse o relatório.

O banco de dados registra a distribuição da população pobre, as razões da pobreza e as necessidades das pessoas.

Liu disse que 2017 é importante para alcançar o objetivo e prometeu "trabalhar juntos para conquistar as dificuldades na batalha contra a pobreza".

A sessão de cinco dias se encerrará em 1º de setembro.