Reforma tributária chinesa ajuda na cooperação da Iniciativa do Cinturão e Rota

2017-08-29 19:09:51丨portuguese.xinhuanet.com

Xi'an, 29 ago (Xinhua) -- Um resort em Yangling, uma área de demonstração de alta tecnologia agrícola na Província de Shaanxi, no noroeste da China, viu seus impostos caírem 670 mil yuans (cerca de US$ 101,2 mil) desde maio do ano passado. A receita da companhia foi de 20 milhões de yuans durante o mesmo período.

O mesmo ocorreu com o Grupo de Yuchai, importante fabricante de máquinas na Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, no sul do país, cuja carga tributária foi reduzida em 70 milhões de yuans no ano passado.

Tudo não aconteceria se não fosse uma reforma sobre imposto de valor agregado em maio do ano passado. A reforma substituiu todos os impostos comerciais com imposto de valor agregado, a mais significativa modificação fiscal na China em duas décadas.

Em todo o país, o corte fiscal agressivo economizou 1,6 trilhão de yuans em impostos para as empresas desde que foi introduzido em 2012. De maio de 2016 a junho de 2017, os impostos foram reduzidos em mais de 850 bilhões de yuans.

Beneficiário da reforma, o Grupo de Yuchai podia investir mais em pesquisa e desenvolvimento e explorar o mercado do exterior com maior rigor.

No primeiro semestre de 2017, Yuchai vendeu mais de 2 mil motores a gás natural para Mianmar, e 3 mil para a Arábia Saudita, Kuait e Paquistão. A companhia espera exportar 55 mil motores este ano, um aumento de 22% em relação a 2016.

"Os mercados do exterior se tornaram os com o maior crescimento para o Yuchai", disse Yan Ping, presidente do conselho do grupo.

As empresas estrangeiras como a alemã Siemens, que querem aproveitar oportunidades comerciais na China, também estão desfrutando dos mesmos privilégios. A Siemens possui mais de 32 mil funcionários na China, o seu segundo maior mercado no exterior depois dos Estados Unidos.

"A reforma dos impostos sobre valor agregado solucionou o problema da taxação dupla, e desde sua implementação em maio de 2016, o nosso custo fiscal caiu dramaticamente", disse Zeng Dali, gerente financeiro da Siemens China.

A reforma tributária também ajuda as companhias a explorarem o potencial do mercado nos países envolvidos na Iniciativa do Cinturão e Rota.

Desde o começo da reforma tributária, uma subsidiária do Grupo de Engenharia de Construção de Guangxi teve isenção de 51 milhões de yuans em impostos.

Com isso, a companhia foi capaz de expandir os negócios na Ásia, África, América Latina assim como na Europa. Apenas em 2016, a companhia fechou negócios no valor total de mais de 2,79 bilhões de yuans.

"A reforma tributária é um grande pacote de benefícios para nós", disse um executivo financeiro da companhia.

Os departamentos fiscais da China estão trabalhando estreitamente com seus homólogos nos países do Cinturão e Rota sob a estrutura tributária recém-introduzida. Por exemplo, um sistema tecnológico está sendo estabelecido para ajudar as companhias do exterior a desfrutarem dos benefícios tributários quando participarem dos projetos do Cinturão e Rota.

Até abril deste ano, a China assinou acordos fiscais bilaterais com 54 países ao longo do Cinturão e Rota.

"A reforma dos impostos sobre valor agregado acelerou a conectividade da infraestrutura entre os países sob a Iniciativa do Cinturão e Rota", disse Hu Yijian, professor da Universidade de Finanças e Economia de Shanghai. "Apenas no setor de construção, o número de contratos de projetos obtidos pelas companhias chinesas no exterior em 2016 foi o maior nos últimos três anos".

Para criar um ambiente de negócios saudável, o governo central chinês pretende otimizar ainda mais os procedimentos tributários e introduzir tecnologias da informação para torná-los mais fáceis e mais eficientes.

Também melhorará diversos setores, incluindo a manufatura, finanças e construção, aperfeiçoará a estrutura de impostos e estabelecerá uma taxa razoável de impostos.

"A colaboração e os intercâmbios se tornam mais frequentes entre os países do Cinturão e Rota, e as autoridades tributárias chinesas se dedicam ao aprofundamento da cooperação fiscal internacional e otimização do serviço para essas empresas", disse Qian Guanlin, presidente do Instituto Fiscal Chinês.

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