Tensões no leste de Jerusalém devem ser aliviadas, pois violência pode se espalhar para área maior

2017-07-27 16:46:31丨portuguese.xinhuanet.com

UN-SECURITY COUNCIL-MIDDLE EAST-OPEN DEBATE

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas realiza um debate aberto sobre a situação no Oriente Médio na sede da ONU em Nova York, em 25 de julho de 2017. Os recentes desenvolvimentos em Jerusalém Oriental dominaram a sessão mensal do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas no Oriente Médio realizada na terça-feira. O risco de propagação da violência foi debatido e pediu-se o aliviamento das tensões. (Xinhua/Li Muzi)

Por William M. Reilly

Organização das Nações Unidas, 25 jul (Xinhua) -- Os recentes desenvolvimentos no leste de Jerusalém dominaram a sessão mensal do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas no Oriente Médio realizada na terça-feira, onde alertou-se do risco de propagação da violência e pediu-se o aliviamento das tensões.

"Os desenvolvimentos nos últimos 11 dias nos locais sagrados da Cidade Velha em Jerusalém, no entanto, demonstraram o grave risco existente de uma escalada perigosa da violência, o risco de transformar o conflito Israel-Palestina em um conflito religioso e arrastar os dois lados para o vórtice da violência junto com o resto da região," disse Nickolay Mladenov, coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio.

Em 14 de julho, três homens armados árabe-israelenses abriram fogo e mataram dois policiais israelenses e foram mortos a tiros dentro do complexo da Mesquita Al-Aqsa, conhecido pelos judeus como Monte do Templo. Após os tiroteios, Israel instalou detectores de metais e câmeras de vigilância nas entradas do complexo. O movimento de segurança israelense provocou protestos muçulmanos generalizados, incluindo manifestações de rua que às vezes se transformaram em confrontos mortais.

Na sessão agendada no Oriente Médio, Mladenov também elogiou a decisão israelense na noite de segunda-feira de remover detectores de metais e algumas das câmeras de vigilância, ao mesmo tempo que expressava a esperança de que o movimento israelense alivie a tensão no local, levando ao fim do boicote palestino ao local sagrado.

Na terça-feira, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, exigiu o retorno da mesquita Al-Aqsa ao status quo anterior ao 14 de julho como requisito para retomar o contato com o lado israelense.

Riyad Mansour, observador permanente do Estado da Palestina para as Nações Unidas, ecoou as preocupações de Mladenov durante a sessão da ONU, criticando medidas israelenses como "imprudentes e destrutivas" e descrevendo a situação em Jerusalém Oriental como "frágil".

"A situação frágil no leste de Jerusalém foi inflamada novamente, já que Israel, o poder ocupante, pressiona com sua agenda imprudente e destrutiva contra nosso povo e locais sagrados, especialmente Al-Haram Al-Sharif, que abriga a santa Mesquita Al-Aqsa, em absoluto desprezo pelo direito internacional e pela vontade da comunidade internacional," afirmou Mansour.

Mencionando o risco de "desencadear um conflito religioso", ele advertiu contra "os perigos de tais provocações e incitamentos gerarem mais um ciclo de violência, o que certamente teria consequências de longo alcance neste clima já volátil".

O embaixador chinês Liu Jieyi, que mantém a presidência rotativa do conselho de segurança neste mês, pediu esforços da comunidade internacional para manter a situação entre a Palestina e Israel sob controle.

"A comunidade internacional deve proceder a partir da necessidade de manter a paz no Oriente Médio e no mundo, ter uma visão de longo prazo, promover a solução política da questão da Palestina, abordando os sintomas e as causas profundas, manter os direitos legítimos e os interesses do povo palestino, impedir que a situação entre Palestina e Israel saia do controle e impedir o Oriente Médio de entrar em uma crise amarga," disse Liu.

Liu reafirmou o apoio da China pela justa causa do povo palestino e pela paz entre a Palestina e Israel.

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