Taxa de mortalidade materna de Beijing aumenta em 2016

Beijing, 27 jul (Xinhua) -- A taxa de mortalidade materna em Beijing aumentou cerca de 25% em 2016, o primeiro ano que a China adotou em sua totalidade a política de dois filhos, segundo um livro branco emitida na quarta-feira.

A taxa de mortalidade materna atingiu 10.83 por 100 mil nascimentos no ano passado, 24,6% a mais em comparação com a de 2015, segundo um relatório sobre as condições sanitárias de Beijing publicado pela Comissão Municipal de Saúde e Planejamento Familiar.

A China permitiu a todos os casais casados terem duas crianças em 2016. Isso segue uma flexibilização anterior da política em 2013 que permitiu aos casais terem uma segunda criança se um dos pais não tivesse irmão ou irmã.

A última mudança terminou a política do filho único implementada no final dos anos 1970 para conter o aumento da população.

Estatísticas mostram que foram registrados 18,46 milhões de partos vivos no hospital em todo o país em 2016, uma alta de 11% em relação ao ano de 2015. Entre os recém-nascidos, 45% são o segundo filho da família.

Gao Xiaojun, porta-voz da Comissão da Saúde de Beijing, afirmou que o maior número de bebês trouxe pressão aos limitados recursos obstétricos na capital chinesa, o que foi uma das razões do aumento da taxa.

Um grande número de mulheres grávidas, com maiores idades e com mais probabilidade de sofrer complicações, negligenciam as inspeções regulares pré-natais, o que também contribuiu para o aumento desta taxa, segundo o porta-voz.

Gao assinalou que a cidade treinará mais médicos e fortalecerá a publicidade para encorajar mais mulheres grávidas a receber testes pré-natais com regularidade.