Especial: Campanha contra poluição na base chinesa de produção de parafusos

2017-07-27 13:18:16丨portuguese.xinhuanet.com

Shijiazhuang, 27 jul (Xinhua) -- Yongnian, a maior base de produção de porcas, parafusos e outros componentes de metal da China, fica a quatro horas de carro de Beijing, capital chinesa.

Na década de 1960, as fábricas de peças de metal começaram a se concentrar em Yongnian na Província de Hebei. Até maio deste ano, havia 11.054 empresas com mais de 340 mil pessoas trabalhando na produção e venda de componentes metais.

Zhao Yongliang, que herdou uma fábrica do pai, descobriu que a velha maneira de produção está sendo cada vez mais desafiada pela necessidade de tratar a poluição do ar em sua terra-natal.

No processo de produção, trabalhadores usavam ácido para limpar os componentes, poluindo o meio ambiente. Além disso, compostos orgânicos voláteis, que também são um tipo de poluente do ar, são produzidos durante o processo de galvanoplastia. Graxa também é um grande problema.

Em abril, inspectores ambientais enviados pelo Ministério da Proteção Ambiental visitaram Yongnian e criticaram o governo local por falha em limpar "indústrias espalhadas, caóticas e poluidoras" que criaram raízes em Yongnian.

"A indústria de porcas e parafusos tem sido o sustento de muitas pessoas, por isso a campanha contra poluição é muito difícil", disse Dong Maotong, diretor da Associação de Componentes de Yongnian.

A produção de porcas, parafusos e outros componentes em 2016 foi de 2,89 milhões de de toneladas, cerca de 45% do total nacional, segundo a associação. O valor total foi de 20 bilhões de yuans (cerca de US$ 5,8 bilhões).

O chefe do governo do distrito de Yongnian foi nomeado comandante da campanha contra poluição e funcionários governamentais foram divididos em diferentes seções.

"Em dois meses, 2.411 empresas, cerca de 21% do total, foram fechadas. Entre elas, 339 usaram fornos de carvão, algumas localizavam-se perto de áreas residenciais e algumas nunca poderiam atender os padrões de emissão", disse Dong.

A fábrica de Zhao foi suspensa em maio e só pode ser aberta depois da instalação de aparelhos de purificação de gás e óleo.

Zhao gastou 300 mil yuans (cerca de 44 mil) em dois purificadores e espera que possa recuperar o custo em três anos.

"É como uma corrida de eliminação. Apenas os qualificados em padrões de emissão podem ficar", disse zhao Pinghai, diretor do comitê de gerenciamento da indústria de componentes padrão.

Zhao indicou que Yongnian fez seu sacrifício. Em comparação com maio, as vendas em junho caíram em 130 milhões de yuans (US$ 19 milhões) e o governo perdeu 11,79 milhões de yuans (US$ 1,74 milhão) de impostos.

Porém, o comitê informou aos donos das fábricas que os poluentes diminuíram.

A densidade do PM2,5 caiu 12% em junho, em relação a maio, e o monóxido carbono diminuiu 60%. Os poluentes nos rios próximos também diminuíram bastante.

Zhao Yongliang, junto com outros milhares de donos, ainda está esperando pelo sinal verde de inspectores ambientais para a retomada da produção. "Os que passam cedo pelo exame de emissões poderão retomar a produção. Ouvi dizer que o preço dos parafusos subiu 200 yuans por tonelada, então há bons lucros para ganhar", disse.

"As pessoas que perderam seu trabalho devido ao fechamento de fábricas serão contratados pelos parques industriais na área", assinalou Zhao Pinghai. "Haverá espaço suficiente para mais de 400 empresas no parque. As empresas podem sofrer no curto prazo, mas vão sobreviver e ter sucesso no futuro."

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