Hong Kong necessita sucesso contínuo de "um país, dois sistemas"

Uma turista posa para fotos em frentre às decorações de lanternas marcando o 20º aniversário do regresso de Hong Kong no distrito Central de Hong Kong, no sul da China, em 27 de junho de 2017. (Xinhua/Wang Xi)

Beijing, 29 jun (Xinhua) -- O princípio de "um país, dois sistemas" em Hong Kong demonstrou ser bem-sucedido nos últimos 20 anos e precisa continuar a favor dos 7 milhões de habitantes da região.

A Lei Básica da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) especifica a diretriz de "um país, dois sistemas", e "que os hongkoneses administrem Hong Kong" com um alto grau de autonomia.

Os sistemas econômico e social e o estilo de vida anteriores de Hong Kong se mantiveram e a maioria das leis continua sendo aplicada. A RAEHK exerce poder administrativo, legislativo e judicial independente, incluindo o da adjudicação final.

Desde que Hong Kong retornou à pátria em 1997, o princípio foi o melhor arranjo institucional para a prosperidade e a estabilidade, assinala um editorial do Jornal do Povo, publicado nesta quinta-feira.

O editorial citou as cifras de que o produto regional bruto de Hong Kong cresceu cerca de 1,4 trilhão de HK$ em 1997 a 2,5 trilhões de HK$ no ano passado, uma taxa média de crescimento anual de 3,2%, superando as principais economias desenvolvidas.

Nos últimos 20 anos, Hong Kong enfrentou muitos desafios, entre os quais a crise financeira asiática em 1997 e a crise financeira global em 2008.

Além disso, o laço aparentado entre Hong Kong e a parte continental se torna mais estreito e os dois lados formaram uma comunidade do destino compartilhado que não pode ser separada.

Hong Kong é anualmente a maior fonte de investimento, a maior receptora do investimento e a maior plataforma de financiamento no exterior da parte continental da China.

Com o desenvolvimento do 13º Plano Quinquenal da China e a Iniciativa do Cinturão e Rota, o papel da RAEHK como um "super conector" entre o restante da China e o mundo se torna mais evidente. Hong Kong e a parte continental entraram em uma nova época para a cooperação, de acordo com o editorial.

Com suas vantagens para satisfazer as necessidades do país, Hong Kong continuará tendo um papel vital no desenvolvimento do país e a pátria continuará oferecendo apoio sólido ao desenvolvimento da região, acrescenta o editorial.

Em comparação com os anos antes de 1997, Hong Kong tem uma maior estabilidade política, o governo é mais eficiente, o Estado de Direito domina e a corrupção está sob controle.

Em um contexto de mudanças no cenário global e na ordem internacional, Hong Kong, com o apoio do governo central, superou com sucesso as dificuldades e continua prosperando.

Também é verdade que Hong Kong precisa ajustar seu próprio mesmo e esse ajuste deve conseguir mantendo o princípio fundamental de "um país, dois sistemas", assinala o editorial.

Todos os hongkoneses têm o desejo comum de que o progresso beneficiando a receita, a prosperidade, a estabilidade, a soberania, a segurança e o desenvolvimento nacionais será alcançado no sistema político da região, indica o editorial.

Não existe um projeto estabelecido para "um país, dois sistemas" e é inevitável que surjam mais adiante novas situações e problemas.

Hong Kong sofreu de uma série de incidentes lamentáveis nos últimos anos, incluindo o distúrbio Mong Kok em 2016, e "Ocupa Central", um movimento destinado a bloquear o distrito central de negócios da cidade em 2014.

A solução legal desses incidentes demonstra a capacidade de recuperação e vitalidade de "um país, dois sistemas", segundo o editorial.

Devemos ter em mente que o uso de instrumentos legais é o caminho correto para resolver os problemas, com a ajuda de um espírito inovador, acrescenta o texto.

Com um enorme mercado, abundantes oportunidades e um sólido processo de crescimento promovido pela reestruturação e modernização econômicas, a pátria dá as boas-vindas a Hong Kong a bordo de trem de alta velocidade do desenvolvimento e continuará oferecendo seu sólido apoio para sua prosperidade.

Com o progresso no princípio de "um país, dois sistemas", Hong Kong continuará com sua prosperidade e estabilidade a longo prazo, fazendo sua própria contribuição ao Sonho Chinês, acrescenta o editorial.

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