China aprova novo tipo de válvula cardíaca

Beijing, 9 jun (Xinhua) -- A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) da China aprovou um produto de reposição de válvula de coração de nova geração, que reduz em muito o tempo de cirurgia e aumenta a taxa de sobrevivência, anunciaram os desenvolvedores na quinta-feira.

A válvula J, um sistema melhorado de implantação transcateter de válvula aórtica (TAVI) desenvolvido pela JC Medical, passou por testes médicos e será posto em uso na China, disse Zhang Ji, inventor da Jválvula J e presidente da JC Medical.

As soluções tradicionais de TAVI exigem que os médicos façam uma grande incisão no tórax do paciente e abram seus corações para pôr a válvula protética dentro de forma manual. A cirurgia leva cerca de quatro horas e representa riscos de posicionamento errado de válvula e perda de sangue, segundo Wang Wei, um cirurgião cardíaco de alto escalão do Hospital de Fuwai da Academia Chinesa de Ciências Médicas.

O sistema de Válvula J, cuja técnica invasiva é mínima, é mais fácil de implantar e fornecer posicionamento automático da válvula, disse Wang.

Os médicos apenas observam uma tela eletrônica e operam fora dos corpos dos pacientes. O procedimento inteiro dura cerca de 10 minutos.

A maioria das válvulas protéticas atualmente disponíveis estão projetadas para válvulas calcificadas, ou estenose aórtica, mas a válvula J é uma solução para ambas a estenose aórtica e a insuficiência aórtica, disse Guo Yingqiang, cirurgião cardíaco do Hospital no Oeste da China da Universidade de Sichuan.

O novo produto ajudou a reparar os corações de mais de 100 pacientes durante a fase clínica, disse Zhang.

Em fevereiro de 2016, os médicos do Hospital do St. Paul em Vancouver, Canadá, tiveram sucesso em consertar o coração do paciente usando a válvula J. Seis implantes baseados na válvula J foram feitos no Canadá, segundo Zhang.

A válvula aórtica transporta sangue do coração para o resto do corpo. O mau funcionamento da válvula pode levar ao fracasso cardíaco. Segundo estimadas, 12 milhões de pessoas têm problemas de válvula de coração no mundo, das quais cerca de 2 milhões vivem na China.