Visita do presidente chinês ao Cazaquistão impulsionará cooperação bilateral e traçar rota para desenvolvimento da OCS

Beijing, 7 jun (Xinhua) -- A iminente visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Cazaquistão injetará um novo ímpeto no desenvolvimento das relações bilaterais e traçará uma rota futura para a Organização de Cooperação de Shanghai (OCS).

A viagem de quatro dias de Xi, começando nesta quarta-feira, inclui uma visita de Estado a convite do presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, e a participação da reunião anual do supremo órgão de tomada de decisões da OCS, o Conselho dos Líderes de Estado, além da cerimônia de abertura da Expo Mundial 2017 em Astana.

IMPULSIONAR OS LAÇOS BILATERAIS

O líder chinês visitou o Cazaquistão duas vezes desde que tomou posse, em 2013 e 2015, cultivando uma amizade profunda com o país e seu povo.

A visita de Xi vai, primeiro, promover ainda mais a confiança política China-Cazaquistão e traçar a rota para a cooperação pragmática bilateral no futuro, disse Zhang Xiyun, ex-embaixador chinês no Cazaquistão.

Os dois países, desde o estabelecimento dos laços diplomáticos, há 25 anos, têm "feito grandes esforços em suas relações tanto em forma como em substância", disse ele, acrescentando que "Beijing e Astana têm permanecido bem atentas às necessidades de desenvolvimento um do outro".

Xi apresentou a iniciativa sobre a construção do Cinturão Econômico da Rota da Seda, parte da Iniciativa do Cinturão e Rota, na Universidade Nazarbayev em setembro de 2013, durante uma visita ao Cazaquistão.

O país, desde então, tem feito esforços para alinhar sua estratégia de desenvolvimento de Nurly Zhol, que significa "caminho brilhante" no idioma cazaque, com a Iniciativa do Cinturão e Rota, e tem trabalhado juntamente com a China para promover a produtividade.

Zhang acrescentou que o Cazaquistão, o país mais próspero na Ásia Central, tornou-se um lugar chave na cooperação pragmática na implementação da Iniciativa do Cinturão e Rota.

O diplomata acrescentou que a visita de Xi também vai impulsionar a colaboração de segurança entre Beijing e Astana na luta contra o terrorismo, extremismo, separatismo, crimes transfronteiriços e tráfico de drogas.

ORIENTAR O DESENVOLVEMENTO DA OCS

Este ano marca o 16º aniversário da fundação da OCS. especialistas disseram que apesar que seus membros terem um forte desejo de segurança, estabilidade e crescimento econômico nacionais, o bloco está enfrentando crescentes incertezas e ameaças.

Os maiores destaques da cúpula deste ano serão o acesso formal da Índia e Paquistão à OCS e a China assumir a presidência da OCS após a reunião, segundo Sun Zhuangzhi, secretário-geral do Centro de Pesquisa da OCS na Academia Chinesa de Ciências Sociais.

A participação da Nova Déli e Islamabad, a primeira expansão da OCS, fará com que o bloco se torne em uma organização regional transcontinental de oito membros que cobre a maior população e a área mais ampla no mundo.

Ao falar da próxima presidência da China, Sun disse que "todos os países membros dão grande esperança nas declarações do presidente Xi para fortalecer o desempenho da OCS e o trabalho de seu país nesse respeito no próximo ano".

"A China se tornou o maior ou o segundo maior parceiro comercial da maioria dos membros da OCS. Todos os esforços têm feito do bloco mais influente nos arranjos regionais político, econômico, cultural e de segurança", acrescentou.

PROMOVER COOPERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA

O pavilhão chinês na Feira de Astana 2017, sob o tema de "energia futura", foi o primeiro a entrar na construção e o primeiro que entrou nas operações de teste. Cobrindo cerca de mil metros quadrados, está entre os maiores na feira.

Todas as medidas mostram a importância que a liderança chinesa dá à feira, ao desenvolvimento da energia limpa e ao combate à mudança climática, disse Sun.

A ação está de acordo com a proposta de Xi para construir "uma comunidade de futuro compartilhado para toda a humanidade" e é altamente simbólica especialmente quando os esforços globais nesse respeito estão enfrentando a decisão repentina dos Estados Unidos para sair do Acordo de Paris sobre o clima na semana passada, disse Sheng Shiliang, pesuisador do Centro da Xinhua para os Estudos dos Assuntos Mundiais.

Ruslan Bultrikov, ex-vice-ministro cazaque da Proteção Ambiental, disse no mês passado que a proposta de Xi para construir uma comunidade de futuro compartilhado para toda a humanidade está de acordo com "a cultura chinesa para prever e planejar para gerações à frente, e não apenas para os cinco e dez anos que vêm".