Taiwan não deve usar detenção de suspeito para perturbar relações através do Estreito, dizem acadêmicos

Beijing, 27 mai (Xinhua) -- Os acadêmicos da parte continental da China disseram que Taiwan não deve perturbar as relações através do Estreito amplificando a influência da detenção do residente taiwanês Lee Ming-che no continente.

"A investigação dos órgãos nacionais de segurança mostrou que Lee violou a 105ª cláusula do código penal", disse Li Weiyi, professor dos assuntos de Taiwan da Universidade União de Beijing.

"Não é permitido (a qualquer um) violar a lei da parte continental e prejudicar a segurança nacional em qualquer momento", afirmou o professor.

Lee foi preso por suspeita de "subverter o poder do Estado" pelo órgão provincial de segurança de Hunan, anunciou na sexta-feira o Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado.

A investigação mostrou que Lee colaborou com residentes do continente, determinou diretrizes de ação, estabeleceu organizações ilegais, e planejou e realizou atividades para subverter o poder do Estado, segundo o departamento.

"Todas as pessoas são iguais perante a lei e havia evidências suficientes para provar que Lee era suspeito de violar o código penal", disse Zhang Wensheng, professor do Instituto de Pesquisa de Taiwan da Universidade de Xiamen.

"É imoral algumas pessoas em Taiwan exercerem pressão nas relações através do Estreito ocultando as atividades criminosas de Lee sob o pretexto dos direitos humanos", apontou Zhang.

Li informou que o caso de Lee era isolado e não impedirá o desenvolvimento geral das relações entre os dois lados.

"É a recusa da administração do Partido Progressista Democrático contra o reconhecimento do Consenso de 1992 que danificou o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito e minou a base política através do Estreito", destacou Li.

Ele também indicou que os direitos e interesses legais dos compatriotas taiwaneses são protegidos por lei no continente.