Juiz do Supremo Tribunal duvida da validade das acusações contra presidente Temer

2017-05-27 16:51:39丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 26 mai (Xinhua) -- Gilmar Mendes, juiz do STF, disse na sexta-feira que a Corte deve discutir mais a confissão feita pelo proprietário JBS, Joesley Batista, que fez alegações de corrupção contra o presidente Michel Temer.

Falando à imprensa, Mendes disse que só Edson Fachin, que supervisiona a Operação Lava Jato, aprovou a confissão de Batista, mas que todos os juízes do STF precisavam fazê-la também.

Em 18 de maio, Fachin aceitou a confissão de Batista, incluindo a gravação de uma conversa com Temer, em que o presidente poderia aparentemente ser ouvido concordando em subornar juízes, promotores e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

Isso levou o STF a abrir uma investigação sobre Temer por obstrução à justiça.

"Parece-me que, para este caso, como envolve o presidente da república, teremos certamente de discuti-los com todo o tribunal", disse Mendes.

Nesta semana, o procurador-geral do Brasil, Rodrigo Janot, pediu ao juiz Edson Fachin que aprovasse a convocação de Temer para fazer uma declaração. Janot também pediu a Fachin para definir uma data para esta deposição, mas a justiça não respondeu ao pedido até agora.

A equipe de defesa de Temer tem lutado contra o pedido de deposição, dizendo que a análise da gravação de áudio não havia sido concluída.

Na semana passada, Temer se recusou a renunciar, dizendo que a gravação foi editada e que ele não fez nada de errado.

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