Greve da alfândega no Chile deixa centenas de caminhões parados na fronteira boliviana

La Paz, 24 mai (Xinhua) -- Uma greve declarada pela ANFACH, associação de alfândegas do Chile, deixou cerca de 850 caminhões bolivianos presos na fronteira, incapazes de atravessar o Chile na quarta-feira.

Falando à imprensa, o presidente da câmara de exportadores da Bolívia, Wilfredo Rojo, e Gustavo Rivadeneira, presidente da câmara de transportes pesados da Bolívia, disseram que a medida impediu a liberdade de movimento acordada entre a Bolívia e o Chile em 1904.

Rojo disse que a greve impediu a Bolívia de transferir bens no valor de cinco milhões de dólares americanos por dia do e para o Chile.

"O movimento nesta rota chega a mais de US$ 5 milhões por dia em nível nacional, números muito altos, o que significa que os setores privados perderão mercados (...) e a paralisia de toda a cadeia de abastecimento nos portos chilenos," disse o exportador.

Autoridades aduaneiras chilenas convocaram uma greve nacional indefinida na quarta-feira, afirmando que o governo não cumpriu os acordos assinados no ano passado.

A greve deixou pelo menos 850 caminhões bolivianos com carga internacional bloqueada na fronteira. "Até agora, temos cerca de 850 caminhões, não é uma quantidade exata, poderia ser mais, já que cinco caminhões cruzam o Chile por hora," acrescentou Rivadeneira.

No ano passado, o setor de transporte pesado da Bolívia perdeu cerca de 15 milhões de dólares devido a ataques aduaneiros chilenos, sem contar as perdas para exportadores e importadores.