Comentário: Do Fórum do Cinturão e Rota à cúpula do BRICS, a China enfrenta desafios globais com soluções ganha-ganha
Beijing, 22 mai (Xinhua) -- Enquanto o mundo elogiava as conquistas do Fórum para Cooperação Internacional da Iniciativa do Cinturão e Rota no início do mês, buscando o reequilíbrio da globalização econômica, a abordagem da China à governança global e ao desenvolvimento está se tornando cada vez mais evidente através de uma cooperação com modelo ganha-ganha.
O fórum de dois dias dos líderes mundiais terminou na semana passada com promessas e grandes esperanças de que a Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013, seja favorável à construção de um mundo melhor.
Falando aos meios de comunicação no Lago Yanqi, nos arredores de Beijing, em 15 de maio, Xi disse que 68 países e organizações internacionais assinaram acordos de cooperação com a China para levar adiante o Cinturão e Rota. Muitos assuntos foram discutidos durante o fórum.
O progresso não acabou lá. De acordo com Xi, uma lista de mais de 270 resultados foi formulada na Mesa-Redonda de Líderes do fórum, definindo o caminho a seguir.
A mesa-redonda também produziu um comunicado que denuncia fortemente o protecionismo.
"Reafirmamos nosso compromisso comum de construir uma economia aberta, garantir um comércio livre e inclusivo, e somos contra todas as formas de protecionismo", diz. "Nós nos esforçamos para promover um sistema de comércio multilateral universal, baseado em regras, aberto, não-discriminatório e equitativo, e com a OMC em seu núcleo".
Num momento em que a maior economia do mundo - os Estados Unidos - se concentra nos assuntos internos, os esforços da China para reunir apoio de todo o mundo para defender a globalização e o multilateralismo ganharam a ovação mundial.
Na verdade, tornou-se cada vez mais claro nos últimos anos a transição da China de um player nos assuntos globais para um líder da agenda global.
Da Cúpula da APEC em Beijing em 2014 à Cúpula do G20 em Hangzhou em 2016 e do fórum do Cinturão e Rota deste ano, a China usou o cenário internacional para defender uma abordagem holística do desenvolvimento, que reconhece que o bem-estar doméstico depende dos vizinhos regionais e da comunidade internacional, e da comunidade em geral.
Ao criar o Banco de Investimento em Infraestrutura da Ásia e prometer compromissos chineses adicionais, como um adicional de 100 bilhões de yuans (US$ 14,5 bilhões) ao Fundo da Rota da Seda, a China está mostrando ao mundo que sua abordagem ao desenvolvimento é mais do que retórica política, mas sim uma ação realista.
A visão da China de derrubar muros e barreiras e abraçar a cooperação ganha-ganha entre as nações encaixa bem com a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, uma noção que Xi apresentou no final de 2012.
A cooperação entre os mercados emergentes é um pilar importante para este conceito.
Ao assistir a uma reunião de líderes do BRICS no período de cúpula do G20 no ano passado, Xi disse que os membros do BRICS devem melhorar a coordenação para tornar as economias emergentes e os países em desenvolvimento desempenharem um papel de maior relevância nos assuntos internacionais.
As nações do BRICS são líderes entre economias de mercados emergentes e países em desenvolvimento, além de importantes membros do G20, disse Xi, observando que eles deveriam reforçar a coordenação para construir, manter e desenvolver as plataformas do BRICS e G20.
O BRICS agrupa Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, os BRICS e outros países em desenvolvimento contribuíram com 80% do crescimento global em 2016.
"O déficit de paz, desenvolvimento e governança representa um desafio assustador para a humanidade", disse Xi em seu discurso na abertura do fórum do Cinturão e Rota.
Nesse sentido, as economias emergentes como os países do BRICS constituem o motor mais importante para o crescimento econômico mundial, uma âncora robusta para a estabilidade, bem como um contribuinte dedicado à governança global.
Com isso em mente, espera-se que a cúpula do BRICS, com o tema "BRICS: Parceria mais forte para um futuro mais brilhante", fortaleça a solidariedade e a colaboração entre os membros do BRICS, melhore a governança global e aprofunde a cooperação pragmática para obter benefícios mútuos.
Também servirá para aumentar o intercâmbio entre pessoas, reforçar o apoio público, fortalecer os mecanismos institucionais e melhorar as plataformas de cooperação.
A China ter sediado o fórum do Cinturão e Rota e a Cúpula dos BRICS deste ano mostra a sua dedicação à cooperação ganha-ganha como uma solução sólida para os desafios mundiais e um caminho sólido para uma comunidade de futuro compartilhado.
Essa deve ser a contribuição da China para a governança global.
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