Comentário: De Fórum do Cinturão e Rota para Cúpula do BRICS, China enfrenta desafios globais com soluções de benefício mútuo

Beijing, 23 mai (Xinhua) -- Os resultados do Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional, encerrado na semana passada, receberam elogios no mundo. A abordagem da China para governança e desenvolvimento globais está tornando-se mais evidente via cooperação de benefício mútuo.

O fórum de dois dias de líderes de países e organizações internacionais produziu promessas e altas expectativas de que a Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013, será favorável para a construção de um mundo melhor.

Em 15 de maio no local de paisagem Lago Yanqi no subúrbio de Beijing, Xi disse à mídia no encerramento do fórum que 68 países e organizações internacionais assinaram acordos de cooperação com a China em relação à Iniciativa do Cinturão e Rota. Muitos assinaram acordos durante o fórum.

Além disso, segundo Xi, uma lista de mais de 270 resultados foi formulada na reunião da mesa redonda dos líderes no fórum, preparando caminho para frente.

A mesa redonda também produziu um comunicado que denuncia contra protecionismo.

"Reafirmamos nosso compromisso compartilhado de construir uma economia aberta, garantir um comércio livre e inclusivo, opor-se a todas as formas de protecionismo", segundo o comunicado. "Esforçamo-nos para promover um sistema comercial multilateral universal, com base em regras, não discriminatório e igualitário com a Organização Mundial de Comércio na sua essência."

Em um momento em que a maior economia no mundo, os Estados Unidos, retira-se para concentrar-se em assuntos nacionais, os esforços chineses para reunir esforços de todo o mundo para defender globalização e multilateralismo obteve aplausos globais.

A partir da cúpula em Beijing da APEC em 2014 à cúpula do G20 em Hangzhou em 2016, até o Fórum do Cinturão e Rota neste ano, a China utilizou palco internacional para defender uma tentativa holística para desenvolvimento, que reconhece que o bem-estar nacional depende dos vizinhos regionais do país e da comunidade internacional de forma geral.

Com o estabelecimento do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas e com a promessa de aumentar participação chinesa no Fundo da Rota da Seda com adicionais 100 bilhões de yuans (US$ 14,5 bilhões), a China está mostrando ao mundo que sua abordagem para o desenvolvimento é ação prática, mais que retórica política.

A visão chinesa para derrubar paredes e barreiras e adotar a cooperação de benefício mútuo entre as nações combina bem com a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para humanidade, segundo uma noção de Xi em 2012.

A cooperação entre mercados emergentes é um importante pilar naquela noção.

Quando participou da reunião dos líderes do BRICS na ocasião da cúpula do G20 em 2016, Xi disse que os membros do BRICS devem fortalecer coordenação para fazer com que as economias de mercado emergente e países em desenvolvimento desempenhem um maior papel em assuntos internacionais.

Segundo Xi, os países do BRICS são líderes entre economias de mercado emergente e países em desenvolvimento, assim como importantes membros do G20, e eles devem reforçar coordenação para construir, manter e desenvolver plataformas do BRICS e do G20.

O bloco BRICS agrupa Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo o Fundo Monetário Internacional, os países do BRICS e outros países em desenvolvimento contribuíram para 80% do crescimento mundial em 2016.

Economias emergentes como os países do BRICS constituem o mais importante motor do crescimento econômico do mundo, uma âncora robusta para a estabilidade, assim como um contribuidor dedicado à governança global.

Com esta ideia, a Cúpula do BRICS, com o tema "BRICS: Parceria mais Forte para um Futuro mais Brilhante", deverá reforçar a solidariedade e colaboração entre países do BRICS, melhorar governança global, e aprofundar a cooperação pragmática para obter benefício mútuo.

Sendo anfitriã do Fórum do Cinturão e Rota e da Cúpula do BRICS neste ano, a China mostra seus esforços para cooperação de benefício mútuo como uma boa solução para os desafios mundiais e um caminho sólido para uma comunidade de futuro compartilhado.