Oposição e protestos pedem saída de Temer e eleição imediata

2017-05-19 12:47:23丨portuguese.xinhuanet.com

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Manifestantes participam de um protesto contra o presidente brasileiro Michel Temer e a favor de eleições gerais em São Paulo, Brasil, em 17 de maio de 2017. Os manifestantes se reuniram em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, e no centro de São Paulo para pedir a saída de Michel Temer da presidência após a revelação de uma gravação na qual o presidente dá o aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. (Xinhua/Rahel Patrasso)

Brasília, 19 mai (Xinhua) -- A notícia do jornal 'O Globo' sobre uma gravação na qual o presidente Michel Temer dava aval para que fosse comprado o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, preso em Curitiba em outubro, caiu como uma bomba no país.

O Congresso funcionava normalmente quando os parlamentares tomaram conhecimento da publicação, o que gerou um início de tumulto, com a oposição gritando "Fora Temer", enquanto a grande maioria dos deputados e senadores presentes consultava celulares e notebooks buscando mais detalhes da notícia.

As sessões foram encerradas pelos presidentes da Câmara e do Senado, que deixaram o local e se dirigiram para uma reunião no Palácio do Planalto, enquanto parlamentares dos partidos de oposição se reuniram para traçar uma entratégia em comum.

Logo depois, PDT, PT, PCdoB, PSB, PSOL e Rede divulgaram uma nota oficial na qual, ao citar a "hora gravíssima que o país vive, com denúncias substanciais que envolvem diretamente Michel Temer", exigiram o afastamento imediato do presidente e a realização de eleições diretas.

Para o senador Lindbergh Farias, líder do PT, "o governo Temer acabou e a única saída é eleições diretas".

"Nesse momento em que surgem essas gravações, esse governo não tem legitimidade para continuar governando. Chegou ao ponto final. O ponto final, se não for dado pela sua própria renúncia, será feito por esta Câmara e por este Senado através de um impeachment", afirmou o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini.

O deputado Alessandro Molon (Rede) protocolou na noite de quarta-feira na Câmara um pedido de impeachment contra Temer.

Após a divulgação da notícia, manifestantes foram protestar no Palácio do Planalto, onde Temer estava reunido com aliados e assessores para traçar uma estrategia de reação à nova crise política.

A equipe de segurança da Presidência ordenou que a Polícia Militar afastasse os manifestantes do local usando inclusive gás de pimenta.

Em São Paulo, manifestantes foram para a Avenida Paulista exigir também a saída do presidente. Em várias cidades se ouviram gritos de "Fora Temer".

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