Michel Temer faz pronunciamento à nação diante de crise desencadeada por gravações

2017-05-19 20:05:39丨portuguese.xinhuanet.com

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O presidente brasileiro Michel Temer faz um pronunciamento no Palácio do Planalto em Brasília, capital do Brasil, em 18 de maio de 2017. O presidente do Brasil, Michel Temer, afirmou na quinta-feira em uma declaração ao país que não renunciará ao cargo perante a crise desencadeada pelo conteúdo de uma gravação na qual ele dá o aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. (Xinhua/Dida Sampaio/AGENCIA ESTADO)

Rio de Janeiro, 17 mai (Xinhua) -- O presidente do Brasil, Michel Temer, negou nesta quarta-feira a participação em um esquema de suborno.

Na quarta-feira, o jornal O Globo publicou uma matéria detalhando como Temer teria sido gravado em fita conversando com Joesley Batista, diretor da empresa de carnes JBS.

De acordo com o diário, na conversa, Batista diz a Temer que está pagando um suborno mensal ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em troca do silêncio de Cunha. Temer então instrui Batista a continuar pagando, dizendo “tem que manter isso viu?”

Batista entregou as provas ao Ministério Público e confirmou seu testemunho a um membro da Suprema Corte.

Em uma declaração oficial, Temer admitiu ter se reunido com Batista, mas disse que nunca tentou comprar o silêncio de Cunha.

"O presidente Michel Temer nunca solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e não tomou parte ou autorizou qualquer ação que visasse impedir o ex-representante de transformar evidências estatais ou colaborar com o tribunal", disse o comunicado.

Antes de divulgar a declaração, Temer se reuniu com alguns membros de seu gabinete: o Chefe da Casa Civil Eliseu Padilha, o Secretário-Geral Moreira Franco, o Secretário do Governo Antônio Imbassahy, o Secretário de Comunicação Márcio Freitas e o porta-voz da presidência Alexandre Parola.

A notícia de que Temer foi gravado é o último episódio do drama político brasileiro. A Polícia Federal vem investigando um grande esquema de corrupção no governo e em contratos com empresas privadas nos últimos três anos, e, no ano passado, a presidente Dilma Rousseff foi acusada e sofreu impeachment, em grande parte devido aos esforços combinados de Temer e Cunha.

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