Think tanks esperam que Iniciativa do Cinturão e Rota ajude reconstrução do Oriente Médio
Beijing, 18 mai (Xinhua) -- Dois think tanks propuseram a incorporação da reconstrução do Oriente Médio na Iniciativa do Cinturão e Rota para ajudar a área instável e devastada pela guerra a se revitalizar rapidamente quando a situação política se estabilizar.
A Iniciativa de Reconstrução do Oriente Médio (IROM) foi lançada na quarta-feira pelo Comitê do Fundo de Energia da China (CFEC), um think tank de Hong Kong, e o Instituto para a Análise da Segurança Global (IASG), com sede em Washington.
"Os problemas no Oriente Médio não podem ser resolvidos apenas por ações militares", disse Patrick Ho, vice-presidente e secretário-geral do CFEC, em uma entrevista coletiva.
Somente mudando as condições socioeconômicas essenciais da área é possível restaurar as esperanças por um futuro promissor, reconstruir casas e revitalizar economias, apontou Ho, esperando que a Iniciativa do Cinturão e Rota desempenhe um papel importante no processo.
Com foco na infraestrutura, a iniciativa vai criar empregos, impulsionar economias e trazer a paz e a estabilidade, segundo Ho.
Apesar do caos e incerteza da área, os think tanks acreditam que preparativos devem ser feitos para a reconstrução rápida quando a paz finalmente vir.
"Todas as guerras chegam ao fim em algum momento e então a reconstrução será necessária para restabelecer a infraestrutura como estradas, e usar o capital eficientemente", disse Gal Luft, diretor conjunto do IASG.
A IROM tem como objetivo encontrar maneiras para obter mais apoio no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota, atrair recursos dos bancos multilaterais e empresas privadas e buscar soluções para os desafios políticos e econômicos da região.
"A China e o Oriente Médio têm amplas perspectivas de construir conjuntamente o Cinturão e Rota e haverá enormes oportunidades de negócios. Os dois lados são complementares", informou Liu Baolai, ex-embaixador chinês na Jordânia e nos Emirados Árabes Unidos.
A cooperação já mostrou resultados, afirmou Liu, citando as vias expressas construídas pela China na Turquia e as refinarias na Arábia Saudita.
Entre os 77 membros do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, dez são do Oriente Médio. A China concederá empréstimos de até US$ 35 bilhões à área e criará fundos de investimento no valor de US$ 20 bilhões com os Emirados e Qatar.
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