Entrevista: Principal gestor da Bosch elogia boas oportunidades trazidas pela Iniciativa do Cinturão e Rota

Frankfurt, 11 mai (Xinhua) -- A Iniciativa do Cinturão e Rota está criando várias oportunidades de desenvolvimento ao conectar toda a região ao longo da "nova estrada da seda", acelerando o crescimento econômico local, disse Peter Tyroller, membro do conselho do grupo Bosch.

A Bosch, gigante multinacional com sede na Alemanha, tinha ao final de 2016 450 filiais e empresas regionais em cerca de 60 países, no final de 2016, entre as quais um grande número de fábricas estão localizadas em países ao longo do Cinturão e Rota.

"Enquanto isso, as empresas chinesas estão desempenhando um papel importante na execução de projetos de infraestrutura ao longo do Cinturão e Rota", disse Tyroller, que também é o principal gerente do grupo responsável pela região Ásia-Pacífico.

Com boas ligações entre as suas subsidiárias na China e as de outros países do Cinturão e Rota como Mianmar, a Bosch é capaz de reagir rapidamente e oferecer soluções para novos projetos, incluindo novos aeroportos, portos e rodovias.

Desde o início de 2017, a Bosch usa a Ferrovia de Alta Velocidade da China como uma alternativa logística para o transporte de peças e produtos da Alemanha até Chongqing, no sudoeste da China, onde está localizada uma fábrica da Bosch.

Tyroller afirmou que o serviço direto de trem de carga conectando China e Europa permite à Bosch entregar mercadorias com ciclo mais curto e menor custo para o Extremo Oriente.

"A região Ásia-Pacífico tem sido o motor de crescimento da Bosch há anos e continuará a ser durante os próximos anos", disse Tyroller, acrescentando que a China, que representa 60% do volume de negócios na região Ásia-Pacífico, desempenha o papel principal.

"O potencial de inovação da China tem sido subestimado há bastante tempo". Ele sublinhou que os jovens chineses formados em universidades nacionais ou voltando à pátria depois de seu estudo no exterior oferecem enorme potencial de inovação, que é impulsionado pelo governo chinês com políticas favoráveis à inovação.

A Bosch tem atualmente mais de 80% dos funcionários nativos na China, mesmo nos departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento e de gestão. Por exemplo, a sede do Centro de P&D da região Ásia-Pacífico para ferramentas elétricas azuis da Bosch voltadas para o mercado emergente está localizada na China.