Iniciativa do Cinturão e Rota reforça Macau e gera novas oportunidades de desenvolvimento, diz presidente do IIM
Por Rafael Lima e Bi Yuming
Beijing, 12 mai (Xinhua) -- A iniciativa chinesa do Cinturão e Rota oferecerá à Macau muitas novas oportunidades de desenvolvimento e de relacionamento econômico e comercial, e reforçará seu papel como grande centro mundial de turismo e lazer, disse Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau (IIM), em entrevista exclusiva à Xinhua concedida às vésperas da abertura do Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional.
Para o presidente do IIM, a iniciativa chinesa representa um gigantesco e consistente desafio para um mundo que precisa urgentemente de abrir e consolidar novos caminhos e formas de cooperação econômica e comercial e de intercâmbio cultural, acadêmico e social.
"Ao tomar a dianteira na configuração de um projeto global com esta impressionante envergadura, a China assumiu a liderança na sua condução e concretização, com o envolvimento interessado de muitos países e territórios, organizações e empresas, como parceiros indispensáveis", disse.
Nos dias 14 e 15 de maio, Beijing receberá ao menos 29 chefes de Estado ou de governo que participarão do Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional, a reunião internacional de mais alto nível sobre o Cinturão e Rota desde que a China propôs a iniciativa em 2013.
Para Jorge Rangel, a vocação tradicional de Macau como entreposto e suas afinidades com os países de língua portuguesa, consagrada pela liderança central da China ao atribuir ao território a missão de se assumir como plataforma de cooperação entre a China e os países lusófonos, passa agora a estar estreitamente ligada ao desenvolvimento da iniciativa do Cinturão e Rota.
"Na última reunião do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, levada a efeito em outubro passado, já foi preconizada a articulação do funcionamento do Fórum com o desenvolvimento da Iniciativa do Cinturão e Rota. É este um contributo muito importante que Macau pode dar", explicou o presidente do IIM.
A filial em Macau do Banco da China (BOCMacao), um dos principais bancos de Macau, concedeu mais de 3 bilhões de patacas (cerca de US$ 375 milhões) em empréstimos desde 2016 para apoiar empresas a fazer negócios nos países e regiões ao longo do Cinturão e Rota.
Positivo não apenas em relação a Região Administrativa Especial de Macau, Rangel acredita que a Iniciativa do Cinturão e Rota dá às relações entre a China e os países de língua portuguesa um enquadramento mais apropriado: "Sem prejuízo da manutenção e até do seu reforço, a Iniciativa do Cinturão e Rota proporciona a todas essas relações bilaterais uma coerência e uma visão de conjunto nos grandes objetivos, podendo mesmo estimular um alargamento considerável dessas relações bilaterais".
Apesar da receita da indústria de jogos de Macau continuar sendo a maior fonte de divisas do território e estar registrando ascensão significativa (cerca de US$ 2,52 bilhões apenas no mês de fevereiro), a necessidade de uma maior diversificação tem sido intensamente recomendada e avaliada.
"O lançamento da Iniciativa do Cinturão e Rota representou uma oportunidade extraordinariamente estimulante para o desenvolvimento de novas formas de cooperação, pela dimensão, oportunidade e diversidade dos projetos nelas inseridos", disse o presidente do Instituto Internacional de Macau.
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