(Cinturão e Rota) Fórum é uma oportunidade de intercâmbios e consenso internacional
Por Rafael Lima e Bi Yuming
Beijing, 10 mai (Xinhua) -- A China organizará o Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional nos dias 14 e 15 de maio. Para Wang Li, professor de diplomacia pública e relações internacionais da Universidade de Jilin, em Changchun, no nordeste da China, o fórum é uma oportunidade de intercâmbios e tem como objetivo fazer com que os países participantes cheguem a um consenso.
"O consenso internacional é o ponto mais importante entre as quatro expectativas do governo chinês, quais sejam, chegar a um consenso internacional, definir o sentido da cooperação, promover a implementação dos projetos e melhorar o sistema de apoio", explicou o professor em uma entrevista exclusiva à Xinhua.
A iniciativa do Cinturão e Rota, que se refere ao Cinturão da Rota da Seda e à Rota da Seda Marítima do Século 21, foi proposta pela primeira vez pela China em 2013 e deverá impactar o mundo. "Trata-se de um projeto internacional tanto do ponto de vista geopolítico como econômico. A China espera que esse impacto seja positivo," explicou o professor.
Para ele, que possui muitos alunos vindos de vários países ao longo do Cinturão e Rota, os laços culturais e educacionais podem promover o entendimento mútuo entre os países, mas tecnologia, reputação e gerenciamento também são fundamentais para o projeto.
Para o especialista chinês em relações internacionais, a China, como o maior país em desenvolvimento, quer mostrar suas ideias e valores ao mundo, ao mesmo tempo em que busca garantir a sua segurança e expandir seus laços econômicos e comerciais.
"A China tem mostrado que sua ascensão é diferente das potências europeias e americana pois ela busca uma situação caracterizada pelos benefícios mútuos," explicou Wang.
Até o final de 2016, mais de 100 países e organizações regionais e internacionais haviam demonstrado interesse em participar da iniciativa. Entre eles mais de 40 já assinaram acordos de cooperação com a China.
Chefes de Estado e de governo de pelo menos 28 países participarão do fórum nos dias 14 e 15 de maio, assim como o secretário-geral da ONU, António Guterres, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde.
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