(Cinturão e Rota) Empresários chineses constroem um mundo melhor ao longo do Cinturão e Rota
Rio de Janeiro, 9 mai (Xinhua) -- A antiga Rota da Seda desempenha um papel significativo no intercâmbio comercial e cultural entre os países que nela operavam. Hoje os empresários se dedicam a revitalizar a histórica rota, e a construir corajosamente um novo mundo.
PONTOS MAIS FORTES DE COMÉRCIO
De novembro a fevereiro, os chineses têm acesso a cerejas chilenas frescas.
A China tornou-se o maior destino de exportação para as cerejas do Chile. Dados da Associação Chilena de Exportadores de Frutas Frescas mostram que durante a última safra, mais de 80% das cerejas do país foram exportadas para a China.
Os fabricantes e comerciantes chilenos fizeram esforços enormes para assegurar a textura fresca das cerejas para os clientes chineses. As cerejas recentemente colhidas são transportadas para a China por caminhos menores para garantir boa qualidade.
"Espero que os voos diretos entre a China e o Chile sejam abertos em um futuro próximo, para que as cerejas do Chile possam chegar à China mais cedo e com menor custo", disse Ricardo Bial, gerente comercial da Chucalalli Corporation, exportadora de cerejas.
A Polônia é o terceiro maior produtor mundial de maçã. Em 2014, o governo russo impôs proibição às importações de alimentos da União Europeia e dos Estados Unidos, em retaliação por suas sanções contra Moscou, na crise Ucraniana, o que resultou na queda das exportações de maçã da Polônia.
"Graças à Iniciativa do Cinturão e Rota promovida pela China em 2013, lançamos um projeto de promoção de maçã durante três anos, focado no mercado chinês, que trouxe nova esperança para os produtores de frutas", disse Miroslaw Maliszewski, diretor da Associação polonesa de Cultivadores de Frutas.
INVESTIMENTOS CRESCENTES E COOPERAÇÃO ECONÔMICA
Em dezembro de 1992, o grupo chinês Shougang ganhou 98,4% das ações da Corporação Peruana de Ferro Ore, e o direito de explorar os recursos minerais de seu campo mineral. A Shougang fundou a Shougang Hierro Peru S.A.A., uma empresa de mineração, que extrai, processa e vende minério de ferro no país.
O caminho empreendedor da empresa no país sul-americano, com linguagem e ambiente diferentes da China, tem sido acidentado, com pequenos e grandes obstáculos.
"Nos últimos 24 anos, o Grupo Shougang investiu cerca de US$ 1,5 bilhão em substituição de equipamentos, transformação tecnológica, controle ambiental, moradias e expansão de projetos. Sua produção aumentou de menos de 3 milhões de toneladas em 1992 para 11,12 milhões de toneladas em 2015", disse Kong Aimin, gerente-geral da Shougang Hierro Peru SAA.
Além de fundar novas empresas locais, um grande número de empresas chinesas aprofundaram sua cooperação com empresas no exterior.
A Zhejiang RIFA Digital Precision Machinery Company é um fabricante de máquinas e ferramentas de precisão de alta qualidade, com vendas anuais superiores a um bilhão de yuans (cerca de 145 milhões de dólares EUA).
Em 2014 e 2015, comprou as empresas italianas MCM e Colgar, que passavam por uma crise econômica na Itália. As duas são líderes mundiais em fabricação de máquinas e ferramentas, cujos clientes incluem fabricantes de aviões de renome como a Airbus e Boeing, e os gigantes industriais General Electric e Siemens.
"Melhorar a tecnologia, impulsionar o desenvolvimento e expandir os mercados não só desempenha um papel importante na Iniciativa do Cinturão e Rota, mas também atende às necessidades de empresas chinesas e italianas", disse Wang Benshan, presidente da Zhejiang RIFA Digital Precision Machinery Company.
"A MCM e a Colgar possuem produtos de alta qualidade e as empresas chinesas ajudam os italianos a enfrentarem dificuldades com o mercado e fundos, aumentam os impostos arrecadados, e estimulam o emprego na cidade", disse Maria Catrina Wono, vice-prefeita de Cornaredo, onde a Colgar está baseada.
UMA PASSAGEM TRANQUILA ENTRE CHINA E OESTE
O Cazaquistão é um centro importante na antiga Rota da Seda. A cidade de Horgos está localizada na fronteira entre a China e o Cazaquistão. Ela serve como a mais nova cidade portuária de fronteira da China, uma zona econômica especialmente forjada pelo Cazaquistão, e a primeira área de comércio de fronteira entre a China e seus países vizinhos.
Em dezembro de 2014, a zona econômica especial de Horgos-Eastern Gate, no Cazaquistão, o centro logístico mais importante, entrou oficialmente em operação.
Algumas empresas estrangeiras gradualmente se estabeleceram na zona especial. Com uma população crescente, escolas, hospitais, jardins de infância e outras instalações públicas de apoio foram construídas e uma cidade nova apareceu.
"Muitos jovens cazaques vieram para a zona especial, alguns até mesmo desistiram de seus empregos nas grandes cidades, com pensamento no potencial de desenvolvimento e vitalidade da região", disse Zaslan, diretor de investimentos da zona econômica especial.
"O Centro de Cooperação Internacional da Fronteira Horgos da China e Cazaquistão é o mais ocupado entre os três de Horgos", disse o motorista de transporte Juura.
Abrangendo território da China e do Cazaquistão, o centro tem 5,28 quilômetros quadrados de tamanho. Com acesso especial ligando os dois países, um fluxo constante de clientes chineses e cazaques vão ao local para comprar commodities chinesas.
"Meus clientes são comerciantes do Cazaquistão, Quirguistão, Belarus e muitos outros países", disse Zhang Wei, que vende roupas de cama no Yiwu International Shopping Center.
A cidade de Horgos na China tornou-se um importante ponto de abertura para o ocidente. Os trens de mercadorias da Ásia Central e os trens China-Europa ligam Horgos ao mundo exterior.
Quando a rodovia no Cazaquistão que liga a China e a Europa Ocidental estiver completa, o tempo de viagem será reduzido de 40 dias por mar, para 10 dias por terra.
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