Análise: Avião C919 fabricado pela China não desafia Boeing e Airbus

2017-05-05 13:06:25丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 5 mai (Xinhua) -- O C919, primeiro avião de passageiros produzido pela China, está pronto para fazer seu primeiro voo na sexta-feira, mas levará muito mais tempo para entrar no mercado de aviação.

Analistas dizem que o avião chinês não abalará o domínio de gigantes de aviação Boeing e Airbus no futuro próximo, mas pode ser uma forte opção nas próximas décadas.

Com a partida programada para esta sexta-feira, do Aeroporto Internacional de Shanghai, o C919, com 158 assentos e um alcance padrão de 4.075 quilômetros, é esperado competir com o 320, da Airbus, e o 737 de nova geração, da Boeing.

Um total de 23 clientes estrangeiros e domésticos, incluindo Air China e GE Capital Aviation Services, fizeram pedidos para 570 aeronaves, segundo a Companhia de Aeronave Comercial da China (COMAC).

Mas esse é apenas o primeiro passo. Mesmo no mercado doméstico da China, a COMAC tem um caminho longo para transformar o sucesso técnico no sucesso comercial.

Atualmente as companhias aéreas chinesas parecem estar mais anciosas para gastar dinheiro em grandes aeronaves para promover suas rotas mundiais com entusiasmo aumentado por viagens ao exterior. Aqueles jatos estão ainda um domínio exclusivo da Boeing e Airbus.

A China Eastern Airlines assinou em 2016 contratos de compra de 20 A350-900 aeronaves da Airbus e 15 B787-9 aeronaves da Boeing que serão entregues entre 2018 e 2022.

A China Southern Airlines anunciou em abril que comprará 20 A350-900 com o preço de catálogo total de quase US$ 6 bilhões de dólares.

A Boeing e a Airbus são fabricantes de aeronaves muito maduras, e a COMAC deve buscar maior cooperação com eles para aprender com suas experiências, segundo analistas de aviação.

Olhando para futuro, os aviões de um corredor só, tal como C919, serão o dominante de mercado e a COMAC deve fazer bons negócios no mercado chinês, um dos mais competitivo.

Boeing previu no ano passado que a China se tornaria o maior mercado de aviação do mundo dentro de 20 anos, projetando uma demanda por 6.810 novas aeronaves nas próximas duas décadas com um valor total de US$ 1 trilhão.

A China precisará de 5.110 novos aviões de corredor único até 2035, respondendo por 75% das novas entregas totais, segundo a Boeing.

O C919 será um forte concorrente neste campo por sua economia e confortabilidade, segundo uma pesquisa da Guosen Segurities.

Se o primeiro voo for bem-sucedido, a COMAC buscará certificados de navegabilidade aérea da Administração Estatal de Aviação Civil da China e reguladores estrangeiros de segurança da aviação antes de suas primeiras entregas.

Também, para o C919 entrar no mercado estrangeiro, a certificação de navegabilidade aérea do jato será uma parte de conversas bilaterais de acordo de segurança aérea entre a China e a UE.

A China investiu muito em manufatura de jato de passageiros comercial. Em 2007, os planos de desenvolvimento de grande avião doméstico de passageiros tinham sido aprovados pelo Conselho de Estado. Em novembro de 2015, o primeiro jato de C919 saiu da linha de montagem.

O ARJ21, a primeira aeronave regional também produzido pela COMAC, começou suas operações comerciais em junho de 2016 seguidas por seu primeiro voo em 2008.

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