Mais cidades chinesas restringem compra de imóveis

Beijing, 5 mai (Xinhua) -- Em esforços mais recentes para arrefecer os preços da habitação em fuga, a capital da Província de Henan, Zhengzhou, no centro da China, impôs restrições às vendas de imóveis em mais distritos desde quinta-feira.

As autoridades locais estipularam que as casas em oito distritos comprados após 3 de maio não poderão ser vendidas dentro de três anos depois da compra.

Mais de 20 cidades, principalmente cidades de segundo e terceiro níveis na China, introduziram políticas restritivas para intensificar as regulamentações do mercado imobiliário desde abril.

O novo regulamento em Zhengzhou reduzirá a demanda especulativa no mercado imobiliário local e impulsionará o desenvolvimento estável, disse Yan Yuejin, pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento E-house China.

Zhang Dawei, analista sênior da Centaline Property, disse que o capital especulativo está fluindo para áreas quentes sem restrições de vendas devido a regulamentos apertados, especialmente em grandes cidades, o que levará mais cidades a intensificar medidas regulatórias.

"Mais dez cidades de terceiro e quarto níveis em torno da Área Nova de Xiongan têm adotado restrições de compra de casas", disse Yang Kewei, pesquisador do centro de pesquisa CRIC, acrescentando que cidades como Zhuhai, Dongguan e Jiaxing, que cercam cidades de primeiro nível, têm ampliado suas proibições de compra recentemente.

Restrições sobre a venda de imóveis tornaram-se um trunfo para muitas cidades. Até agora, mais de 20 cidades implementaram restrições semelhantes.

"As restrições de vendas são o novo método dos governos locais para regular os mercados imobiliários, com a última rodada de regulamentação apertada iniciada em março", disse Zhang.

Ele também apontou que as restrições de vendas serão parte do mecanismo de longo prazo da regulação do mercado imobiliário, combinado com proibições de compra e limites de crédito.