Portos chineses cruzam rotas sustentáveis

2017-04-26 10:21:39丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 26 abr (Xinhua) -- Com base no rápido crescimento comercial no começo deste ano, os portos chineses pretendem se tornar mais ecológicos e mais sustentáveis com competitividade essencial fortalecida.

No primeiro trimestre deste ano, a movimentação de contêineres nos principais portos chineses aumentou 7,2% para 53,7 milhões de unidades-padrão, graças ao salto de negócios em alguns importantes portos, segundo os números do Ministério do Transporte.

A movimentação de contêineres no porto de Shanghai e porto de Zhoushan, em Ningbo, na Província de Zhejiang (leste) saltou 9,5% e 9,2% em termos anuais, respectivamente.

A taxa de crescimento comercial ultrapassou a de 1,9% registrada um ano atrás e o crescimento do PIB nacional de 6,9% no primeiro trimestre deste ano, superando as expectativas do mercado. A movimentação de contêineres é considerada um termômetro do crescimento econômico, junto com o volume de cargas e o consumo de energia.

"A dinâmica de negócios nos portos chineses aumentou com uma recuperação do consumo doméstico, produção industrial e logística", disse Jiang Mingbao, funcionário de alto escalão do ministério, acrescentando que os portos chineses provavelmente terão crescimento firme nos próximos cinco a dez anos, graças à economia em solidificação.

Porém, como muitas indústrias chinesas afetadas pelo excesso de capacidade produtiva, os portos estão em uma competição homogênea com redução nas margens do lucro de seus negócios tradicionais, segundo observadores da indústria.

"Alguns portos estão sendo afligidos por uma capacidade excessiva para cargas de grande porte e produtos de petróleo", assinalou Wu Chungeng, porta-voz do ministério.

A opinião é concordada por empresários como Li Jin, vice-gerente-geral do Grupo do Porto de Nanjing, com base na Província de Jiangsu (leste), que disse que os portos chineses estão enfrentando desafios múltiplos, como a capacidade excessiva de tratamento, aumento dos custos operacionais e supervisão mais rigorosa.

A indústria portuária está passando por uma transição dolorosa mas necessária na economia chinesa, voltada para depender mais de inovação e produtos e serviços de alto valor agregado por meio de redução da intensidade energética.

Apesar de uma anêmica recuperação econômica e comercial mundial, o braço cotado em bolsa do Grupo do Porto de Nanjing teve 85 milhões de yuans (cerca de US$ 12,3 milhões) em lucro líquido no ano passado, representando um salto de 290% em relação a 2015, resultado de a companhia fornecer serviços de logística feitos sob medida e expandir negócios para os campos como manufatura de máquinas portuárias e engenharia portuária.

A inovação comercial e estratégias mais ecológicas são críticas para muitas companhias chinesas subirem na cadeia de valor e seu desenvolvimento sustentável. A melhoria dos salários e condições de vida dos trabalhadores permite que outros países obtenham a fatia de mercado dos produtos de baixo nível uma vez produzidos na China, onde a degradação ecológica despertou a preocupação pública.

Cerca de 60% dos navios atracados nas docas do Município de Chongqing (sudoeste) têm acesso a eletricidade mais limpa gerada pelas usinas de energia na cidade, em vez de serem alimentados por geradores de diesel instalados nos navios, mostraram os números oficiais.

Os portos nacionais também estão aumentando a supervisão de tratamento de lixos e vazamento de substâncias químicas perigosas, enquanto alguns portos na Província de Zhejiang convidaram o capital privado para participar do tratamento de esgoto e derramamentos petrolíferos de navios, por meio da aquisição governamental de serviços públicos.

A China está tentando promover o desenvolvimento ecológico e inteligente dos serviços de transporte, segundo um livro branco intitulado "Desenvolvimento do Transporte da China" divulgado no fim do ano passado.

O país está se esforçando para impulsionar o desenvolvimento ecológico do transporte por meio da conservação e uso intensivo de recursos, além da promoção do uso de equipamentos padronizado, de baixo carbono, e modernos e meios de economia de energia no setor de transporte, observou o livro branco.

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