Comentário: Reunião Xi-Trump estabelece tom para relações futuras China-EUA
Beijing, 10 abr (Xinhua) -- As primeiras reuniões entre o presidente chinês Xi Jinping e seu homólogo dos Estados Unidos Donald Trump enviaram uma mensagem clara de que as duas maiores economias podem se tornar grandes parceiras cooperativas apesar de suas diferenças.
As reuniões, positivas e frutíferas, marcam um novo ponto de partida para o mais importante relacionamento bilateral do mundo, o que não só beneficiará os dois países mas também o mundo em geral.
Xi disse que há "mil razões para fazer da relação China-EUA funcionar e nenhuma razão para quebrá-la", um sentimento concordado por Trump, que expressou a esperança de que os laços continuarão a se desenvolver a este respeito.
As reuniões cara a cara, junto com os telefonemas e cartas anteriores entre os dois líderes, mais uma vez sublinharam que os dois países estão tentando evitar erro de avaliação estratégica e apoiando a navegação da relação na direção certa.
Os resultados das reuniões incluem quatro novos mecanismos de alto nível para diálogo e cooperação em diplomacia e segurança; a economia; aplicação da lei e cibersegurança; e intercâmbios sociais e entre pessoas.
Os novos mecanismos podem ser tomados como expressões de ambos os lados para seguir os princípios de não confronto, não conflito, respeito mútuo e cooperação de ganhos recíprocos.
Embora as diferenças permaneçam --como comércio e moeda, entre os principais assuntos espinhosos-- ambos os lados reconheceram a necessidade de solucioná-las por diálogo construtivo.
Os interesses comuns dos dois países estão se expandindo, ao invés de diminuir.
A China e os Estados Unidos são os maiores parceiros comerciais um para o outro. A cooperação levará a resultados de ganhos recíprocos para um país determinado em ser "grande novamente" e o outro que está alcançando a meta de completar a construção de uma sociedade moderadamente próspera até 2020.
O confronto apenas causará perdas para ambos os lados.
A China saúda os Estados Unidos para participar da cooperação dentro do quadro da Iniciativa do Cinturão e Rota, e propõe promover os mecanismos de diálogo militar e fortalecer a comunicação sobre os principais assuntos internacionais e regionais.
Esses gestos chineses demonstram o compromisso do país para o desenvolvimento pacífico sem buscar alianças ou expansão. Qualquer tentativa de conter a China com a teoria do jogos de "zero soma" é obsoleta, desnecessária e prejudicial para ambos os lados.
"O mundo faz caminho para o homem que sabe onde ele está indo", disse o filósofo americano Ralph Waldo Emerson.
Agora, é hora para a China e os Estados Unidos começarem um novo capítulo, um que tomará a determinação e sabedoria política para alcançar resultados que atendem à expectativa do mundo necessitado de paz e prosperidade.
Trump aceitou um convite para uma visita de Estado à China este ano. Esperançosamente, a comunicação estreita de nível superior entre as duas nações consolidará a confiança mútua, eliminará obstáculos e realizará algo que seja grande para ambos os países e o mundo.