Enfoque da China: Presidente chinês visitará Finlândia e se reunirá com presidente Trump nos EUA
Beijing, 31 mar (Xinhua) -- O presidente da China, Xi Jinping, fará na próxima semana uma visita de Estado à Finlândia e viajará à Flórida, nos Estados Unidos, para se reunir com o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quinta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang.
"A convite do presidente finlandês Sauli Niinisto e do presidente norte-americano Donald Trump, o presidente Xi Jinping realizará uma visita de Estado à Finlândia de 4 a 6 de abril e se reunirá com o presidente Trump em Mar-a-lago, na Flórida, de 6 a 7 de abril", informou Lu em uma coletiva de imprensa diária.
A visita de Xi à Finlândia será a primeira que realiza este ano a um Estado membro da União Europeia (UE) e a primeira ocasião em que viaja ao norte da Europa como presidente, indicou Lu.
"Isso mostra a importância que a China dá ao estabelecimento de um novo tipo de parceria orientada ao futuro com a Finlândia e o apoio à UE", acrescentou o porta-voz.
A Finlândia foi um dos primeiros países ocidentais a estabelecer relações diplomáticas com a China e a primeira nação ocidental a assinar um acordo de comércio intergovernamental com a China, acrescentou Lu.
"Esperamos que a visita obtenha resultados notáveis, fortaleça ainda mais a confiança política e a cooperação substancial em diversas áreas para injetar nova vitalidade nas relações entre a China e a Finlândia", indicou o porta-voz.
Em resposta a uma pergunta sobre os laços comerciais entre a China e os EUA, Lu afirmou que os laços econômicos e comerciais dos dois países são altamente complementares. "A China espera fazer esforços conjuntos com os EUA para ampliar a cooperação comercial, tratar de maneira apropriada as fricções comerciais através do diálogo e manter um crescimento saudável e estável das relações econômicas e comerciais".
O volume do comércio de produtos entre a China e os EUA chegou a US$ 519,6 bilhões em 2016, 207 vezes o de 1979, quando os dois países estabeleceram relações diplomáticas, detalhou Lu.
O porta-voz elogiou o crescimento das relações comerciais e econômicas sino-norte-americanas desde o estabelecimento de relações diplomáticas há 38 anos, acrescentando que isso gerou benefícios concretos para os setores de negócios e os consumidores dos dois países.
No momento, a China é o mercado com o maior crescimento para as exportações dos EUA, acrescentou.
Sobre o desequilíbrio comercial entre ambos os países, Lu disse que 40% do superávit comercial da China com os EUA provém de companhias americanas na China.
De acordo com estatísticas do Conselho de Negócios EUA-China, o comércio bilateral e o investimento mútuo em 2015 criou 2,6 milhões de empregos para os EUA. As relações comerciais bilaterais poderiam economizar US$ 850 para cada família norte-americana por ano.
A China também se beneficiou bastante da sua cooperação com os EUA, disse Lu. Os grandes lucros da China também foram resultado da sua cooperação com os países do mundo inteiro, incluindo os EUA.
A forma eficiente de beneficiar ambos os povos é oferecer um "bolo" maior de interesses compartilhados, em vez de um padrão de distribuição "mais para você, menos para mim", acrescentou.
Será a primeira reunião entre Xi e Trump desde que o último tomou posse em janeiro.
"A visita de Xi terá uma enorme importância histórica para o desenvolvimento das relações China-EUA, porque os dois chefes de Estado traçarão a direção da relação desde o mais alto nível, o que enviará um sinal positivo ao mundo", apontou o diretor do Instituto de Estudos Internacionais da China, Su Ge.
"A cooperação é a única forma de avançar e os interesses comuns dos dois países são mais importantes do que as diferenças", acrescentou Su.