Crescimento da China é um exemplo para o mundo

Beijing, 30 mar (Xinhua) -- O crescimento da China se beneficiou da inovação, ideologia centrada no povo, estabilidade, atualizações de infraestrutura e globalização, que pode servir como um exemplo para outras economias, de acordo com especialistas.

"A economia da China estabilizou e mostrou mais sinais de aquecimento, graça às novas políticas de crescimento, reforma estrutural e inovações de políticas", afirmou Cai Jiming, professor da Universidade Tsinghua.

"Suas inovações contínuas baseadas nas condições nacionais podem ser uma referência para outras economias em desenvolvimento, e para as economias desenvolvidas também", disse Cai.

O crescimento de 6,7% da China em 2016 atingiu o ponto mais baixo nos últimos 26 anos, mas ainda superou a maioria das outras economias e representou mais de 30% do crescimento global.

A campanha de alívio da pobreza da China pode ser um outro exemplo do sucesso do país, segundo especialistas.

"Os esforços de alívio da pobreza mostraram que o desenvolvimento da China está centrado no povo, que é a essência do crescimento econômico", disse Li Zhongjie, um membro do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC).

A China levou 12,4 milhões de pessoas nas áreas rurais a ultrapassar a linha de pobreza em 2016. Porém, ainda haviam 43,35 milhões de pessoas vivendo na pobreza no fim do ano passado.

A China prometeu tirar da pobreza todas as pessoas do campo desfavorecidas até 2020.

O governo vai reforçar o apoio ao alívio da pobreza, incluindo as políticas de impostos, terra, finanças, educação e saúde, enquanto aplica os padrões de avaliação mais altos para verificar o sucesso do alívio da pobreza.

A China sempre valoriza a manutenção da estabilidade. Este ano, a China vai aderir ao tom básico de "buscar o progresso enquanto mantém a estabilidade".

Os elaboradores de política chineses tentarão manter a estabilidade da economia, emprego, sociedade e expectativas de crescimento, enquanto buscam progresso nas reformas estruturais e sistêmicas, exploram nova dinâmica de crescimento e melhoram o meio de subsistência das pessoas, de acordo com Yu Yongding, economista e ex-assessor do banco central e também um membro do Comitê Nacional da CCPPC.

"A sabedoria que a China deu ao mundo inclui como tratar a relação entre a 'estabilidade' e o 'progresso'", disse ele.

A economia chinesa deve crescer 6,5% em 2017, segundo a previsão do Fundo Monetário Internacional em um relatório de janeiro, apoiando as expectativas de crescimento estável.

"Talvez o mundo também possa se inspirar e seguir o exemplo da China em termos das atualizações de infraestrutura, que é a condição prévia para fazer fortuna", disse o legislador nacional Zhang Zhao'an.

A extensão total da operação ferroviária da China atingiu 121 mil quilômetros até o fim de 2015, a segunda mais longa no mundo, incluindo ferrovias de alta velocidade de 19 mil quilômetros, ocupando o primeiro lugar do mundo, segundo as estatísticas oficiais.

A China planeja investir 3,5 trilhões de yuans (US$ 503,6 bilhões) na construção ferroviária durante o período do 13º Plano Quinquenal (2016-2020).

Até 2020, a China vai aumentar a extensão de ferrovias de alta velocidade em operação para 30 mil quilômetros, conectando mais de 80% de suas grandes cidades. O país também vai renovar 30 mil quilômetros de autoestradas.

A China está tentando conectar a região da Ásia-Pacífico e além por meio de programas de infraestrutura incluindo a Iniciativa do Cinturão e Rota, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura e o Fundo da Rota da Seda.

Proposta pela China em 2013, a Iniciativa do Cinturão e Rota tem como objetivo se tornar uma rede de comércio e infraestrutura conectando a Ásia com a Europa e a África ao longo das antigas rotas comerciais.

Até agora, mais de 100 países e organizações internacionais participaram da iniciativa e mais de 40 deles têm acordos de cooperação com a China.

"A globalização serve como uma grande oportunidade para qualquer país que possa se integrar na economia global adequadamente", disse Yu.

Desde que a reforma e a abertura iniciaram em 1978, a China atraiu mais de US$ 1,7 trilhão de investimento direto estrangeiro, enquanto seu investimento direto no exterior superou US$ 1,2 trilhão.

As empresas chinesas contrataram cerca de 1,5 milhão de estrangeiros no exterior em 2016 em meio a um processo de rápida expansão global, segundo o Ministério do Comércio.

"A economia chinesa vai permanecer sendo o motor mais forte para o crescimento econômico mundial em 2017, pois as fundações para o crescimento de longo prazo da China não mudaram", disse Wang Guoqing, porta-voz da 5ª sessão do 12º Comitê Nacional da CCPPC.