Banco de Investimento Europeu mira mercado chinês de finanças ecológicas

2017-03-27 10:39:19丨portuguese.xinhuanet.com

Shanghai, 27 mar (Xinhua) -- O Banco de Investimento Europeu (EIB, em inglês) se comprometeu a aumentar o apoio para o investimento relacionado com clima na China, assinalou um funcionário de alto escalão do banco.

Jonathan Taylor, vice-presidente do EIB, instituição de empréstimo a longo prazo da União Europeia, disse que o banco tem uma forte reserva de projetos relacionados com clima na China, incluindo transporte urbano, recursos florestais e eficiência energética, que estão sob análise e devem ser financiados nos próximos meses.

O banco planeja emprestar 500 milhões de euros (US$ 540 milhões) para projetos chineses neste ano e outros 500 milhões de euros em 2018, segundo Taylor.

No ano passado, o banco emprestou 298 milhões de euros a oito projetos chineses, variando de recursos florestais e eficiência energética à biomassa para conversão energética.

O EIB também está trabalhando com o banco central chinês sobre a "harmonização" de padrões de bônus ecológicos, revelou.

"Estamos buscando chegar a um padrão comum aceitável entre a China e a Europa para promover a confiança dos investidores e apoiar finanças ecológicas", explicou.

Na quarta-feira, o Banco Popular da China (BPC), o banco central, e o EIB anunciaram uma iniciativa conjunta para fornecer um quadro claro para análise e tomada de decisão em finanças ecológicas.

O economista do BPC, Ma Jun, disse na semana passada que uma barreira para o fluxo transfronteiriço de capitais ecológicos é a falta de padrões consistentes entre mercados, a China tornará seus padrões de bônus ecológicos mais consistentes com critérios internacionais para ajudar a atrair mais investimento.

A China está impulsionando o desenvolvimento do financiamento ecológico para apoiar sua modernização industrial e o combate à poluição.

Segundo a agência de avaliação de crédito Moody's, a emissão de bônus ecológicos no âmbito mundial bateu alto recorde de US$ 93,4 bilhões em 2016, aumento de 120% em relação a um ano atrás, graças aos emissores baseados na China.

A China respondeu por quase 40% de novos bônus ecológicos no ano passado, seguida pelos Estados Unidos, França e Alemanha, informou a Moody's.

010020071380000000000000011100001361606251