China realiza seminário sobre relação sino-japonesa

Nanjing, 24 fev (Xinhua) -- Mais de 50 acadêmicos chineses e estrangeiros pediram na quinta-feira pelo estabelecimento de uma melhor relação entre China e Japão ao enfrentar a história e ter uma comunicação profunda. Os acadêmicos se reuniram em um seminário em Nanjing, cidade conhecida pelo "Massacre de Nanjing" durante a Segunda Guerra Mundial, na Província de Jiangsu, leste da China.

O seminário, intitulado "Novas visões sobre a paz do Leste Asiático", foi organizado pela Associação de Estudos da Paz do Japão, escola de história da Universidade de Nanjing e alguns think tanks da China.

Especialistas chegaram ao consenso de que ambos os países devem aprender com a história e olhar para o futuro para consolidar confiança mútua.

"A verdade, a justiça, o perdão e a paz são os quatro elementos de reconciliação. As pessoas não aliviarão as memórias dolorosas do passado antes de terem certeza de que tudo corra na direção correta", disse Liu Cheng, professor da escola de história da Universidade de Nanjing.

Em 13 de dezembro de 1937, Nanjing, a capital chinesa de seis dinastias, foi invadida por japoneses que mataram cidadãos por mais de um mês. Cerca de 300 mil chineses morreram e 20 mil mulheres foram estupradas.

No entanto, os nacionalistas japoneses de direita negaram o massacre de várias maneiras, recusando reconhecer o número de vítimas, duvidando do testemunho de sobreviventes e até mesmo declarando que a carnificina nunca aconteceu.

Ao apontar que a percepção distorcida do Japão sobre a história da guerra causou tensões nos laços bilaterais nos últimos anos, os especialistas pediram uma visão honesta e aberta em relação ao passado para evitar a repetição dessa tragédia histórica.

Apesar das fricções, os especialistas concordaram que uma melhor relação sino-japonesa ajudará a promover a cooperação regional e a paz mundial.

Kodama Katsuya, professor da Universidade Mie do Japão, usou a palavra "arco-íris" para descrever a relação sino-japonesa. Ele indicou que um dia de sol sempre veio após a chuva e a China e o Japão podem construir confiança e entendimento por meio de intercâmbios bilaterais em cultura, turismo, educação e alívio de desastres.