Remédio para refluxo pode prevenir 60.000 óbitos durante gravidez por ano, diz estudo
Sydney, 24 jan (Xinhua) -- Um comprimido comumente usado para tratar o refluxo pode prevenir a pré-eclâmpsia em grávidas, potencialmente salvando milhares de vidas, descobriram pesquisadores australianos.
A pré-eclâmpsia é uma doença que se desenvolve em grávidas, onde as toxinas são liberadas na placenta, danificando órgãos e matando até 60.000 mulheres em todo o mundo a cada ano.
Esta doença não tem tratamento médico e muitas vezes força as grávidas a darem à luz perigosamente cedo demais.
Mas um grupo de pesquisadores internacionais, liderados por uma equipe do Melbourne Mercy Hospital for Women da Universidade de Melbourne, descobriu que o Nexium, um medicamento usado para diminuir a quantidade de ácido produzido no estômago, pode bloquear a produção de proteínas tóxicas.
"Atualmente não há opção para as mulheres," disse Natalie Hannan, especialista obstétrica e ginecológica do Royal Women's Hospital, à News Limited nesta terça-feira.
"Esta é a primeira vez que temos a possibilidade de tratamento, e é tão simples como um comprimido para refluxo.
"Seria um grande passo à frente.”
Os primeiros testes de laboratório indicaram que o comprimido pode limitar as toxinas que danificam os vasos sanguíneos e atacam os principais órgãos, incluindo fígado, rim e cérebro em mulheres com pré-eclâmpsia.
"Isso significa que as mulheres serão capazes de tomar este medicamento simples até mesmo durante as fases finais da gravidez," disse Hannan.
"O benefício para o bebê é que eles serão capazes de ficar dentro da mãe por mais tempo, e saudáveis. Como todos sabemos, bebês prematuros podem enfrentar dificuldades, por isso este tratamento é tão importante.
A pesquisa laboratorial foi publicada nesta quarta-feira na revista internacional Hypertension.
O primeiro ensaio clínico da droga começará na África do Sul, com outros testes planejados na Austrália mais tarde em 2017.












