Merkel é reeleita como presidente do partido CDU

Berlin, 6 dez (Xinhua) -- A chanceler alemã Angela Merkel foi reeleita nesta terça-feira presidente da União Democrata Cristã (CDU) na convenção anual do partido, com uma taxa de apoio de 89,5%, preparando o caminho para a busca de um novo mandato como chanceler da Alemanha.

"Aceito o resultado da eleição e estou satisfeita com ele, obrigado pela confiança," disse Merkel após a votação.

No entanto, a taxa de apoio de 89,5% que obteve na convenção realizada na cidade alemã de Essen foi a segunda mais baixa que já recebeu em eleição à presidência do partido de centro-direita, apenas ligeiramente superior aos 88,4% de 2004.

Em seu discurso dado a cerca de 1.000 delegados na convenção anual do partido, Merkel disse que seu partido terá uma dura campanha eleitoral federal no próximo ano.

“Vocês têm que me ajudar, ninguém pode mudar as coisas na Alemanha, na Europa e no mundo sozinhos, especialmente uma chanceler da República Federal da Alemanha," disse Merkel.

Uma situação como o final do verão de 2015, o ponto alto da crise dos refugiados, "pode, mas não deveria se repetir," acrescentou Merkel.

Ela enfatizou que as pessoas que precisam de proteção devem ser protegidas. No entanto, a líder do CDU também exigiu mais integração "sem exceções" baseadas nas "leis do nosso país".

Por isso, Merkel pediu a proibição do véu completo, dizendo que "para nós significa pedir ‘mostre seu rosto’. Acredito que o uso do véu completo não é apropriado, e deve ser proibido."

Enquanto isso, Merkel também observou que atualmente há "uma grande pressão sobre as liberdades fundamentais na Europa".

No entanto, ela trabalhará arduamente para garantir que essas liberdades fundamentais sejam preservadas. Só assim a Grã-Bretanha poderia ter acesso aos mercados internos, disse Merkel em relação ao Brexit.

Merkel havia declarado em novembro que estava pronta para concorrer ao quarto mandato ao cargo em 2017. O anúncio encerrou meses de especulação, em um momento em que a Europa está mergulhada na incerteza entre o populismo crescente.

Se ela ganhar pela quarta vez em 2017, ela terá a chance de bater o detentor do recorde, seu mentor Helmut Kohl, que serviu 16 anos no cargo.