Visitas do presidente chinês impulsionam cooperação Ásia-Pacífico e laços China-América Latina, diz chanceler

Beijing, 24 nov (Xinhua) -- As visitas de Estado do presidente chinês Xi Jinping ao Equador, Peru e Chile e sua participação na 24ª Reunião de Líderes Econômicos da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC) promoveram a cooperação Ásia-Pacífico e as relações China-América Latina, declarou na quinta-feira o ministro das Relações Exteriores Wang Yi.

A viagem de uma semana, durante a qual Xi se reuniu com líderes estrangeiros e representantes de diferentes áreas dos três países e assistiu a uma série de reuniões e atividades bilaterais e multilaterais, produziu resultados impressionantes, afirmou Wang.

Na reunião da APEC em Lima, no Peru, Xi impulsionou uma série de iniciativas importantes, injetando impulso à cooperação na região Ásia-Pacífico e ao desenvolvimento da economia global.

O presidente chinês destacou na reunião que a globalização econômica é uma tendência irresistível, pedindo pela promoção de liberalização e facilitação do comércio e investimento e oposição a todas as formas de protecionismo.

Quanto à construção de uma Área de Livre Comércio da Ásia-Pacífico (FTAAP, sigla em inglês), que foi lançada na reunião da APEC 2014 em Beijing, Xi pediu que todas as partes aderissem à agenda e tomassem mais ações efetivas para concretizar a FTAAP o mais cedo possível.

O presidente chinês também enfatizou o papel da APEC como pioneiro e campeão na cooperação econômica na Ásia-Pacífico e no mundo em geral, esperando que os membros da APEC alavanquem o papel da Ásia-Pacífico como uma locomotiva de crescimento e se esforcem para uma economia mundial inovadora, renovada, interconectada e inclusiva.

As propostas de Xi, que contribuíram com a sabedoria chinesa para a região Ásia-Pacífico e o mundo em geral, demonstraram a imagem da China como um importante participante responsável e seu papel chave para acalmar as pessoas, aumentar a confiança e construir consensos.

No Congresso Peruano, Xi explicou a política chinesa sobre a América Latina de forma abrangente, encorajando os dois países a tratar seu relacionamento de uma perspectiva estratégica e de longo prazo.

De acordo com a proposta do presidente chinês, China e América Latina e Caribe devem aderir ao desenvolvimento e cooperação pacífica, buscar a sinergia das suas estratégias de desenvolvimento, acelerar e atualizar a cooperação prática e trazer benefícios aos seus povos. A proposta especificou o caminho para construir uma comunidade China-América Latina de destino comum e abriu uma prospectiva mais ampla para o desenvolvimento das relações entre os dois lados.

Wang acredita que a participação de Xi na cerimônia de encerramento do Ano de Intercâmbio Cultural China-América Latina 2016 e de uma cúpula midiática China-América Latina ajudou a aprofundar diálogos culturais e intercâmbios midiáticos entre os dois lados.

Segundo o chanceler, o Equador, o Peru e o Chile, todos em uma fase de desenvolvimento muito importante, têm aspirações fortes para aprofundar seus laços com a China. As visitas de Xi, sua primeira a esses países como chefe de Estado, tornaram-se um evento histórico nas relações China-América Latina.

Os líderes chegaram a consensos importantes sobre o fortalecimento da confiança política mútua e a expansão da cooperação de benefício mútuo, o que abriu um novo capítulo no desenvolvimento das relações bilaterais.

Os laços China-Equador e China-Chile foram elevados para parcerias estratégicas abrangentes durante as visitas de Xi, enviando um sinal forte de que os países iam aprofundar a confiança mútua e cooperação.

Este ano marca o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas China-Peru e os chefes de Estado dos dois países trocaram visitas dentro de três meses, o que mostrou o alto nível da parceria estratégica abrangente.

Segundo Wang, os presidentes chinês e peruano também assinaram um plano de ação intergovernamental para a cooperação entre 2016 e 2021, ecoando um comunicado conjunto divulgado em setembro sobre o aprofundamento da parceria estratégica abrangente China-Peru e servindo como uma orientação para o desenvolvimento dos laços bilaterais e cooperação pragmática na próxima etapa.