Merkel e Obama promovem esforços para chegar a um acordo comercial comum

Berlim, 17 nov (Xinhua) -- A ministra alemã, Angela Merkel, e o presidente dos EUA Barack Obama concordaram nesta quinta-feira que a União Europeia (UE) e os Estados Unidos devem manter seus esforços para alcançar um acordo de comércio em comum.

Era importante que as negociações da Parceria de Comércio e Investimento Transatlântico (TTIP) fossem mantidas, disse Obama, numa conferência de imprensa conjunta com Merkel depois da sua reunião no ministério em Berlim.

Merkel enfatizou que ela sempre falou por um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, as duas principais áreas de comércio do mundo.

As negociações fizeram muitos progressos, mas não poderiam ser "finalizadas agora," disse Merkel.

"Continuo acreditando que a União Europeia (UE) é uma das maiores conquistas do mundo," disse o presidente dos EUA, ao mesmo tempo em que motiva os países da Europa a se esforçarem para manter o bloco de 28 países.

As pessoas têm de cultivar essas conquistas e lutar por elas, disse Obama, acrescentando que a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE) deve ser conduzida de forma "suave, ordenada e transparente" quanto possível.

Enquanto isso, Obama alertou seu sucessor, o presidente eleito Donald Trump, sobre a tarefa principal em relação à Rússia.

"Eu procurei um relacionamento construtivo com a Rússia," disse Obama, "Minha esperança é que o presidente eleito que está chegando adote uma abordagem similarmente construtiva, encontrando áreas onde podemos cooperar com a Rússia, onde nossos valores e interesses se alinhem."

O presidente dos Estados Unidos também disse que espera que Trump não tome simplesmente uma abordagem política baseada em cortar negócios e fazer "o que for conveniente na época."

Merkel agradeceu a Obama pela "excelente cooperação" e o elogiou como um parceiro confiável em tempos difíceis.

Ela expressou sua gratidão por uma cooperação próxima, confiante e amigável durante o mandato de oito anos que ele serviu.

A Chanceler disse que "fará todo o possível para trabalhar bem com o recém-eleito presidente."

Obama também agradeceu a Merkel pela contribuição da Alemanha na luta contra o conflito entre o Estado islâmico (ISIS) e a Síria.

Em entrevista à emissora alemã ARD e à revista semanal alemã Der Spiegel, Obama advertiu previamente sobre tensões políticas crescentes nos países industrializados.

"Se a economia global não reagir às pessoas que se sentem deixadas para trás quando a desigualdade continua a crescer, veremos a divisão nos países industrializados se expandir," disse Obama.

Obama e Merkel se reunirão com o presidente francês, François Hollande, a primeira-ministra britânica, Theresa May, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, na sexta-feira, em Berlim, para conversar sobre o futuro da crise na Ucrânia, a futura abordagem em relação à Rússia, a Guerra civil na Síria e a luta contra a Estado islâmico (IS).