Destaque: reunião da APEC irá mapear curso sobre finanças e comércio, segundo especialista mexicano
Cidade do México, 23 out (Xinhua) -- Reduzir medidas não-tarifárias (MNT) e rejeitar o protecionismo vão mapear o curso sobre as finanças e o comércio para as economias dos membros da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), de acordo com um especialista mexicano em relações internacionais.
Ignacio Cortes, coordenador do Laboratório de Comércio, Economia e Análise de Empresas na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), conversou com a Xinhua sobre o caminho até a reunião dos líderes da APEC, a ser realizada nos dias 19 e 20 de novembro na capital do Peru, Lima.
"Ainda há um longo caminho a percorrer no processo de sincronização de economias dos membros da APEC," disse Cortes, acrescentando que o objetivo "exige que cada membro redobre os seus esforços" para uma causa comum.
Ainda assim, a próxima cúpula será a chave para uma variedade de razões, incluindo o sincronismo.
"A APEC tem uma agenda enorme, e mesmo que as reuniões ocorrem regularmente, a reunião de novembro será particularmente especial, pois precede uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), bem como do Fundo Monetário Internacional (FMI)," disse Cortes.
O encontro vai também "muito provavelmente (...) marcar um ponto de viragem para injetar uma nova dinâmica na economia mundial através de acordos políticos, e é aí que a China vai desempenhar um papel proeminente," acrescentou.
Anteriormente os líderes da APEC concordaram que todos os acordos de livre comércio firmados pelo bloco ou de suas economias-membro devem ser adaptados aos princípios da OMC, e devem manter a transparência para garantir quaisquer ajustes feitos além das fronteiras.
Com a economia global ainda arrastando os pés, e longe de alcançar os 3,5 por cento a 4 por cento de crescimento, os países estarão esperando para implementar novas medidas, especialmente na região-chave da APEC.
Em Lima, os membros irão debater reformas regulatórias, um projeto jurídico que pode promover a competitividade em diversos setores e políticas para promover o setor privado, especialmente em áreas onde a concorrência é limitada, incluindo as telecomunicações.
"A APEC vai se concentrar em como regular os serviços em setores como telecomunicações, transportes, serviços financeiros e serviços educacionais. O objetivo é garantir que esses setores se tornam muito mais sólidos e façam mais progressos, enquanto ao mesmo tempo sejam bem regulados," disse Cortes.
A APEC, acredita ele, deve promover as cadeias de valor, principalmente nos setores de automóveis, eletrônicos e vestuário.
"É aí que as empresas estão irão pressionar quem decide sobre se abster de implementar as barreiras que dificultam o intercâmbio, e é aí que vamos ver grandes empresas que não querem quaisquer interrupções na troca de produção desempenharem um papel," disse Cortes.
Outra questão importante na reunião da APEC será o papel crescente que as micro, pequenas e médias empresas globalizadas do mundo estão tendo na cadeia de abastecimento global.
"Eu acredito que eles podem fortalecer seu papel como novos motores da economia, se as condições criadas para eles forem favoráveis," disse Cortes.
Como um membro da APEC, o México pode se esforçar para reduzir MNTs e evitar medidas protecionistas, mas ao mesmo tempo deve "melhorar e aumentar as oportunidades de intercâmbio comercial, investimento estrangeiro, e cooperação econômica e técnica," disse Cortes.
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