Presidente chinês chega a Bangladesh para visita de Estado
Dacca, 14 out (Xinhua) -- O presidente Xi Jinping chegou sexta-feira a Bangladesh, que recebe a primeira visita de um chefe de Estado da China em 30 anos.
Xi se reunirá com o presidente de Bangladesh, Abdul Hamid, e a presidente da Assembleia Nacional, Shirin Sharmin Chowdhury, e terá conversas com a primeira-ministra Sheikh Hasina.
Trata-se de dois países em desenvolvimento com grande população e que mantêm um bom relacionamento desde 1975, quando passaram a ter relações diplomáticas. Em 2010, Xi realizou uma visita oficial à nação como vice-presidente.
Embora seja um dos países menos desenvolvidos do mundo, Bangladesh registra forte crescimento econômico nos últimos anos e tem enorme potencial de mercado com uma população de cerca de 160 milhões.
O comércio bilateral chegou a US$ 14,7 bilhões em 2015, um aumento anual de 17%. Hoje, a China é a maior parceira comercial de Bangladesh, que é o terceiro maior da China no sul da Ásia.
Bangladesh, que precisa urgente de capital para se desenvolver, é um membro fundador do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura. O banco liderado pela China aprovou seu primeiro lote de empréstimos para o país, US$ 165 milhões que irão para um projeto.
Importante parceiro cooperativo da China no sul da Ásia e na região do Oceano Índico, Bangladesh está trabalhando estreitamente com ela na Iniciativa do Cinturão e Rota e em um corredor econômico que conecta os dois países, Índia e Mianmar.
A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pelo presidente Xi Jinping em 2013, refere-se ao Cinturão Econômico da Rota da Seda e à Rota da Seda Marítima do Século 21, e visa criar uma rede de comércio entre os países da Ásia, Europa e até da África ao longo das antigas rotas de comércio.
Em uma entrevista à Xinhua, Hasina afirmou que a visita de Xi abrirá "uma nova era de cooperação intensiva" entre os dois países em comércio, investimento e outros setores.
Esta é a segunda parada de Xi após o Camboja. Ele também viajará a Goa, na Índia, para uma cúpula do BRICS, bloco que também reúne Brasil, Rússia e África do Sul.